O réu confesso Edgar Ricardo de Oliveira foi condenado a 136 anos de prisão pelo ataque que deixou sete mortos em um bar de Sinop, a 504 km de Cuiabá, em fevereiro de 2023. O julgamento, realizado nesta terça-feira (15), teve início às 8h40 e o veredito foi anunciado às 21h22, após horas de depoimentos e análises das provas.
A condenação incluiu uma série de crimes graves, entre eles homicídios qualificados com motivos torpes, uso de meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas. Além disso, o réu também foi condenado por homicídio contra uma menor de 14 anos, roubo majorado e furto. A pena, que será cumprida em regime fechado, totaliza 136 anos, 3 meses e 20 dias de prisão, juntamente com uma multa de R$ 200 mil a ser destinada às famílias das vítimas.
O crime, amplamente registrado por câmeras de segurança, ocorreu no “Bar do Bruno”, quando Edgar e seu comparsa, Ezequias Souza Ribeiro, atacaram após perderem dinheiro em apostas de sinuca. Durante o julgamento, o vídeo foi uma peça-chave, revelando a brutalidade dos atos, que duraram apenas 12 segundos. Entre as vítimas estava uma adolescente de 12 anos, filha de um dos presentes. Ezequias, que participou do ataque ao lado de Edgar, foi morto em confronto com a polícia dias após a chacina.
Ao longo do julgamento, Edgar declarou que tinha desavenças com algumas das vítimas, em especial o dono do bar, Maciel Bruno, alegando que acreditava estar sendo alvo de uma conspiração. Em seu depoimento, o réu alegou que agiu impulsionado pela raiva e influenciado pelo consumo de cocaína, mas que não tinha planejado os assassinatos com antecedência.
O caso chocou a população de Sinop e reverberou nacionalmente, sendo tratado pela imprensa e autoridades como um dos crimes mais brutais da história recente da região. A condenação de Edgar encerra uma página trágica, mas deixa um rastro de dor e perdas irreparáveis para as famílias das vítimas.