Apesar da placa de entrada proibida ao aterro, não fica ninguém na guarita e o acesso é livre. Com colchões, capacetes, isopor, vidro, entre outros materiais, o lixão é dominado por urubus. O trator empurra tudo para uma vala. No terreno, existem três delas, duas estão cobertas com terra e têm licença de operação, mas a outra não. Para Cetesb, o ideal seria cobrir também esta terceira vala com terra para evitar o mau cheiro e bichos.
Alguns sacos com materiais recicláveis também estão no local, mas não foi encontrado nenhum catador. A seleção de materiais em aterro sanitário ou lixão é proibida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por causa do risco de doenças.No ano passado, o Jornal da EPTV mostrou problemas no aterro. Na época houve flagrantes de materiais hospitalares como tampa de agulhas, luvas descartáveis, mascara e tubos de medicamentos no local. O acesso dos fundos ficava aberto, mas foi fechado pela Secretaria de Obras.
Punição
Segundo o gerente regional da Cetesb, mesmo sem nenhum dano ambiental, a Prefeitura será penalizada. "O órgão será multado pela falta de licenciamento na trincheira de operação e também receberá uma advertência pela operação irregular com falta de cobertura com terra na vala", disse.
A Prefeitura reconhece que não tem autorização para despejar o lixo na vala, mas, segundo o secretário de Planejamento, Obras e Serviços, Cristiano Barella, não há condições de pagar para despejar o lixo em outro aterro.Sobre a construção de um novo, o órgão afirmou que negocia uma área e que a coleta seletiva deve ser feita em junho.
G1