Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT) indica que a cesta básica em Cuiabá teve alta semanal de 1,48%, fazendo com que o preço do sacolão com itens de alimentação, higiene e limpeza atingisse o patamar de R$ 783,70. No comparativo com o mesmo período do ano anterior, o incremento foi de quase R$ 10 a mais no valor final.
O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, destaca que a forte variação foi impactada, principalmente, pelo crescimento no custo do tomate e feijão, que apresentaram alta de 19,75% e 3,31%, respectivamente. “O aumento no valor da cesta está associado a alimentos muito consumidos pelas famílias, como o tomate e o feijão. Além disso, o arroz e a batata, que apesar de demonstrarem queda na semana, estão cerca de 30% superiores ao mesmo período de 2023”.
O aumento no valor médio do tomate, que passou de R$ 8,31/kg na primeira semana de março para os atuais R$ 9,95/kg, pode estar ligado ao momento atual da safra e aos impactos climáticos em regiões produtoras, contribuindo na redução da disponibilidade do hortifruti. No comparativo anual, a fruta também se situa em alta, 21,39% maior que na comparação com a mesma semana de 2022.
Já o preço do feijão, em aumento semanal de 3,31%, pode ter essa variação ligada à reposição do produto nas gôndolas dos supermercados, junto aos impactos de comercializações anteriores, que em preços maiores, chegam ao consumidor final. Ainda conforme análise do IPF-MT, a previsão de manutenção ou queda na quantidade a ser produzida em 2024 pode contribuir na elevação de preço do produto nas próximas semanas.
Wenceslau Júnior reforça que “a elevação nos preços dos alimentos tende a ter um peso maior sobre a organização financeira das famílias e indica como o custo de vida tem se comportado, como pode ser observado na verificação anual da cesta básica, que retoma alta após duas semanas estando abaixo do valor encontrado no mesmo período de 2023”.
Com variação negativa de 8,15% nesta semana, a batata pode estar sendo motivada pela ampliação das áreas de colheita, associado ao aumento da produtividade em vista às condições climáticas que contribuíram para o cultivo do tubérculo. Apesar da diminuição semanal, a comparação anual mostra o um preço 35,26% maior, atualmente.