Segundo o presidente do sindicato, José Alberto Gouveia, desde o fim da semana, o motorista já não encontrava problemas para abastecer. "Não é mais necessária aquela ansiedade do motorista. Se ele não encontrar combustível em algum posto, é só ir a outro que ele vai encontrar", afirmou.
Gouveia, no entanto, destaca que será necessário mais alguns dias para que o estoque dos postos sejam repostos. "Acredito que até o final desta semana, isso já estava normalizado", disse ele.
O desabastecimento dos postos ocorreu devido ao protesto dos caminhões contra a restrição de circulação pela marginal Tietê. Os caminhões flagrados na via entre as 5h as 9h e entre as 17h e as 22h, de segunda a sexta-feira, e das 10h às 14h aos sábados, estão sendo multados desde a última segunda (5).
Os caminhoneiros voltaram a entregar combustível após a decisão da Justiça na noite da última terça-feira. A multa diária pelo descumprimento da decisão é de R$ 1 milhão.
PREÇO
O Procon já autuou 18 postos de combustível devido ao aumento abusivo de preços durante a protesto de caminhoneiros. Outros 22 postos foram notificados a prestar esclarecimentos.
Durante as fiscalizações, o Procon detectou aumento de até 51% no valor do combustível. De acordo com o órgão, os postos autuados passarão por processo administrativo e poderão ser multados. Os valores das multas podem ir de R$ 400 a R$ 6 milhões.
O gerente de um dos postos autuados afirmou que o acréscimo ocorreu devido aos gastos com escolta para evitar depredações aos veículos que ainda faziam a entrega. Segundo representante do posto Chica Julia, em Santana (zona norte), o gerente Gabriel Tonini, cinco caminhões foram depredados por quebrar a greve.
Fonte: FOLHA.COM