O ano começou com uma cerimônia para comemorar o início das obras de recuperação de ruas no centro de Cuiabá. Ao todo, 52 importantes avenidas e ruas da capital terão o asfalto trocado. Além dessas, foram incluídas no projeto a Avenida Fernando Corrêa, nos dois sentidos, e a rua Alziro Zarur (Rua 1), no bairro Boa Esperança. O Prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, assinou na manhã de sexta-feira (5/01), o decreto que autoriza o começo das obras já para a próxima segunda-feira (8/01).
Com o custo de R$ 5,1 milhões de reais todos os trabalhos seguirão um plano de ação criado pela Secretaria Municipal de Obras Públicas. Além das avenidas, estão inclusos a recuperação dos bueiros e bocas de lobo para o escoamento das águas no período chuvoso.
De acordo com Prefeito, o Centro Histórico de Cuiabá vai receber uma atenção especial. “Essa é uma região que precisa ser revitalizada, representa toda alma, economia e glamour da sociedade cuiabana”, afirmou Emanuel Pinheiro.
Asfalto nas chuvas
Emanuel garantiu que começar as obras em janeiro – em pleno período das chuvas – não será um problema para a Prefeitura. Para ele, deste modo, será possível aproveitar o período de férias e fugir do intenso trânsito nas vias. “Vamos ganhar tempo e promover esses benefícios à população de forma mais rápida”, afirma Emanuel Pinheiro. Ainda, de acordo com Prefeito, para acelerar as obras os trabalhos serão estendidos aos sábados, domingos e feriados.
A Avenida Isaac Póvoas será o ponto de partida das obras, que devem começar na segunda-feira . “Nessa avenida que está muito danificada, principalmente na linha de ônibus, faz tempo que não é realizada uma manutenção", afirmou o Prefeito.
Embora a Avenida Fernando Correa da Costa e a rua Alziro Zarur no bairro Boa Esperança não façam parte da região central de Cuiabá, ambas foram incluídas no pacote de recuperação asfáltica devido ao péssimo estado. “São avenidas de movimentação intensa, com bastantes veículos pesados”, explicou Emanuel.
O Iphan e as alterações no Patrimônio Histórico de Cuiabá
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) parece não incomodar-se com as constantes intervenções da Prefeitura de Cuiabá no Centro Histórico da capital. As últimas reformas também foram anunciadas de forma pomposa, porém acabaram não tão bem bem-sucedidas, como no caso da praça Ipiranga, que continua com o seu chafariz histórico exposto de forma indevida.
O Circuito Mato Grosso chegou a visitar as obras na praça em novembro de 2017, quando esta foi embargada pela Secretaria Estadual de Cultura por interferir em bens tombados pelo Estado. E, novamente, até a semana passada, poucos avanços foram constatados no local.
"Quando a equipe chegou ao local, logo de cara avistou os ambulantes. No início de dezembro de 2017 a Prefeitura de Cuiabá diz ter retirado moradores de rua e ambulantes por estarem prejudicando o curso da reforma, segundo o próprio órgão executivo.
Iniciada no mês de outubro, a obra é fruto de uma parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano e recebe um investimento de R$ 311 mil. Realizada com mão de obra própria, os trabalhos encontram-se atualmente na fase de retirada do piso antigo. Cinco servidores estão trabalhando diariamente para a conclusão dessa etapa. A previsão é de que área seja entregue completamente revitalizada no mês de comemoração dos 299 anos da capital", relatou a reportagem.
A polêmica na praça Ipiranga começou em novembro de 2017, após a Prefeitura decidir demolir toda a parte da piscina do chafariz sem apresentar os projetos para os órgãos responsáveis pelo tombamento histórico da região.
Antes das denúncias, o secretário municipal de Meio Ambiente, Juares Samaniego, chegou a afirmar que o novo projeto arquitetônico da praça não previa a construção de outro chafariz. Depois da polêmica na imprensa, o prefeito Emanuel Pinheiro lançou outro comunicado público afirmando que não haveria a demolição do chafariz.
“Asseguro aos cuiabanos que a reforma do espaço é uma obra com intuito de conservação, que está sendo realizada com todo aparato de uma equipe especializada em revitalização de bens históricos. O nosso objetivo não é, de maneira alguma, executar uma obra que tire os símbolos históricos de Cuiabá,” elucidou Pinheiro à época.