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Cassie Ventura relata agressões físicas e rotina de abusos em julgamento contra P. Diddy

Cassie Ventura, ex-namorada de Sean Combs, conhecido como P. Diddy, prestou depoimento nesta terça-feira, 13, no julgamento que apura acusações de tráfico sexual, agressões físicas, e outros crimes cometidos pelo rapper. Grávida de oito meses, a cantora foi a testemunha mais aguardada do processo e relatou com detalhes a rotina de abusos que viveu ao longo do relacionamento com ele.

“Eram brigas violentas que geralmente resultavam em algum tipo de agressão física”, afirmou Cassie. “[Ele] bateu com força na minha cabeça, me arrastou pelo chão, me chutou, pisou na minha cabeça”, detalhou ela, destacando que episódios como esse “aconteciam com frequência”.

A cantora também relatou que as chamadas “freak-offs” – como eram apelidadas as orgias organizadas por Diddy, frequentemente regadas a drogas e álcool – se tornaram parte central da sua vida. “Era como um trabalho. Minha vida era participar dos freak-offs, me recuperar dos freak-offs, ser abusada ou tentar evitar os abusos”, disse.

O depoimento retoma o centro da discussão pública sobre o caso, iniciado em novembro de 2023, quando Cassie entrou com um processo civil contra Diddy, encerrado com um acordo de 30 milhões de dólares (mais de R$ 168 milhões na cotação atual). Na época, ela foi identificada como “Vítima 1” no processo.

O caso ganhou nova repercussão em 2024, quando a CNN divulgou imagens de uma câmera de segurança de 2016 que mostram Combs, sem camisa, agredindo Cassie em um corredor de hotel e a arrastando de volta ao quarto. A defesa do rapper alega que o vídeo foi manipulado e que não reflete o contexto completo.

Ao longo do depoimento, Cassie descreveu como conheceu o rapper em Nova York, em meados de 2007, e como o envolvimento afetivo evoluiu rapidamente. “Foi meu primeiro relacionamento adulto de verdade. Era diferente, o estilo de vida dele. Eu estava encantada”, disse. Mas, segundo ela, o encantamento durou pouco.

“Fiz uma cara errada e levei um soco no rosto”, contou, ao descrever o comportamento controlador do ex. A cantora também falou sobre abusos psicológicos e o medo constante de ter sua carreira destruída por vídeos íntimos que, segundo ela, eram gravados sem seu consentimento.

P. Diddy, de 55 anos, foi preso em setembro de 2024 e enfrenta acusações que incluem tráfico sexual, formação de quadrilha e transporte para fins de prostituição. Ele está detido desde então no Metropolitan Detention Center, no Brooklyn, e pode pegar prisão perpétua caso seja condenado.

Estadão Conteudo

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