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Caso Daniel Alves: advogada da vítima recusa acordo e cita “sequelas irreparáveis”

De acordo com o jornal “El Periódico”, a defesa de Daniel Alves avaliou a possibilidade de indenizar a jovem. Porém, a advogada da vítima afirma que “qualquer delito contra a liberdade sexual torna os danos morais e as sequelas irreparáveis”.

Daniel Alves teve recentemente o quarto pedido de liberdade provisória negado pelo Tribunal de Barcelona. O atleta brasileiro está preso desde janeiro. Segundo o jornal catalão “La Vanguardia”, o Juiz de Instrução afirmou no despacho que continua considerando “necessária a medida cautelar de prisão provisória para evitar o risco de fuga”.

A proximidade da data do julgamento “apenas aumenta o risco de fuga acima mencionado”, teria afirmado o magistrado. A imprensa local prevê que o julgamento ocorra entre o fim de 2023 e o início de 2024. O Ministério Público da Espanha pediu uma pena de nove anos de prisão.

Entenda a acusação

Nos primeiros dias após a prisão do jogador, os principais jornais da Espanha – como “El País” e “El Mundo”, de Madri, e “El Periódico” de Barcelona – publicaram trechos do depoimento prestado à Justiça pela mulher que acusa Daniel Alves de estupro. O jogador está em prisão preventiva sem direito a fiança. Ele nega ter cometido o crime do qual é acusado.

De acordo com os relatos publicados pela imprensa espanhola, a vítima contou no depoimento que no dia 30 de dezembro de 2022 estava na boate Sutton, em Barcelona, quando o grupo do qual fazia parte recebeu um convite para entrar numa área VIP. Um garçom as levou até uma mesa onde estava Daniel Alves, a quem a vítima inicialmente não reconheceu. Um grupo de mexicanos, amigos do jogador, o apresentou à denunciante.

Segundo os jornais, a vítima relatou à Justiça que ela e Daniel Alves dançaram juntos até que o jogador “levou várias vezes a mão dela até seu pênis, que ela retirou assustada”. Por volta das 4h30 da madrugada, ele pediu a ela para segui-lo até uma porta. Assim que entraram, ela se deu conta que estava num banheiro. Ali teria ocorrido o crime.

Sempre de acordo com o depoimento da denunciante, ela teria tentado sair do banheiro, mas foi impedida. Daniel Alves a teria penetrado de maneira violenta até ejacular. Ele teria sido o primeiro a deixar o banheiro. Quando ela saiu, contou o que aconteceu a uma amiga.

Quando a segurança do local foi informada, o lateral já tinha deixado a boate. A vítima foi imediatamente fazer exames num hospital. Dois dias depois, ela fez a denúncia à polícia. O DNA de Daniel Alves foi encontrado nos testes feitos pela moça. Desde o início, a juíza do caso afirma que “há provas suficientes” para a condenação do jogador.

G1

Agência de Notícias

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