Três anos depois da desocupação, partes das casas que não foram totalmente demolidas estão sendo invadidas, algumas, por usuários de drogas. Da desocupação resistiram apenas três famílias, pois segundo elas, as residências estariam dentro da distância e nível exigido pela Defesa Civil, para que ali permanecessem e as residências oferecidas pelo Governo do Estado não atendiam a expectativa delas.
Vizinhos aos moradores remanescentes estão os barracos construídos sobre as estruturas de alvenaria que restaram das residências desabitadas. Compostos de lona, tecidos, pedaços de madeira e telha “Eternit”, a maioria possui apenas cordas e alguns pregos para manter a sustentação.
“Temos medo, mas tentamos manter uma boa convivência. A polícia vem aqui todo dia, mas não leva ninguém, eles não mechem com a gente e nós não mexemos com eles”, diz um homem que reside há mais de 15 anos na região.
Os “invasores” não quiseram conversar com a equipe do Circuito Mato Grosso. Mas na verdade o que incomoda os moradores que resistiram à retirada da área de 2011 são os usuários de entorpecentes que ocuparam as casas quase ao fim da rua que margeia o córrego.
Outro lado
A assessoria de comunicação da Prefeitura de Cuiabá informou que a partir desse ano realizará o isolamento de áreas de risco e de preservação permanente com cercas de arame. As regiões já habitadas e posteriormente desocupas por ordem judicial e com remanejamento das famílias, sofrerão uma revitalização da flora nativa.