"Proibi meus advogados de aparecer para me defender", declarou Carlos em francês no início da audiência no tribunal especial de apelação de Paris. Os advogados franceses de Carlos, Isabelle Coutant-Peyre e Francis Vuillemin, e os advogados estrangeiros do venezuelano não compareceram ao tribunal.
"Não é contra o tribunal. Não tenho nenhuma intenção de sabotar o processo", explicou Carlos, que considera uma "sabotagem" a recusa das autoridades venezuelanas de assumir os gastos de sua defesa no julgamento, que deve prosseguir até 26 de junho.
Assim, pediu que sejam designados advogados de ofício para representá-lo e para o prosseguimento do processo. "Estes advogados não conhecerão o caso, mas eu o conheço. Isto enfraquecerá um pouco a defesa, mas vamos nos arrumar", disse.
Os advogados designados pelo tribunal, no entanto, podem se recusar a defender o réu, o que provocaria o adiamento do julgamento. Carlos é julgado em apelação por quatro atentados que deixaram 11 mortos e quase 150 feridos na França há 30 anos.
Fonte: Terra