Carlos Fávaro (PSD) não é mais o vice-governador de Mato Grosso. A renúncia foi protocolada agora pela manhã durante reunião com os deputados do partido na Assembleia Legislativa e entregue ao governador Pedro Taques (PSDB), mas a decisão fora tomada ainda na noite de ontem (04).
Fávaro fez o anúncio em sua página profissional no Facebook há cerca de 20 minutos. “Tomei essa decisão em razão da missão dada pelo meu partido, o PSD, de construir um novo projeto para Mato Grosso”, escreveu no post.
Ele explica que não mais poderá exercer a vice-governadoria porque prefere fortalecer as candidaturas do partido e proporcionais mantendo o salário e a máquina do governo para fazer campanha.
Aproveitou a ocasião para realçar feitos para enxugar a máquina. “Reduzi sensivelmente o tamanho da estrutura que, na época, contava com 74 cargos, sendo 46 exclusivamente comissionados. No primeiro ano, diminuí para 20 o número total de servidores e mantive essa média até hoje. Com o compromisso de reduzir custos, diminuí 60% das despesas administrativas e isso tudo sem prejudicar os trabalhos, já que realizamos 12 mil atendimentos durante o período que estive à frente do gabinete”.
Com a renúncia, Fávaro deve oficializar sua pré-candidatura ao Senado Federal. Nos bastidores, o comentário é que há muito mais por trás da decisão tomada pelo agribusiness man, como um suposto pedido do governador e da ala governista do PSD (notadamente deputados como Gilmar Fabris) ao presidente nacional do partido e ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, para que ele determinasse os rumos do partido por aqui.
Isso seria feito por meio da dissolução da comissão provisória, presidida justamente pelo ainda vice-governador, e colocasse a turma de Fabris no lugar. Acontece que a jogada teria dado errado porque Kassab teria decidido vaticinar a decisão dos até então provisórios.
Essas dissensões internas levaram quatro deputados estaduais da legenda a decidir pela desfiliação. A coisa já andava feia há um tempo, com outro político influente lá dentro, o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga, criticando constantemente a gestão Taques, acusando-a de “abandono aos municípios”.
O próprio Fávaro andava criticando a gestão de seu titular em público. Agora, a bancada sofreu grave emagrecimento, com apenas José Domingos Fraga, não por acaso irmão de Neurilan, como deputado. Detalhe: ele diz que não vai buscar a reeleição.
Todos os outros dissidentes vão buscar novos rumos: Nininho e Gilmar Fabris apontam para filiação ao PSDB, Wagner Ramos conta a correligionários a preferência pelo PSB e Pedro Satélite vem demonstrando preferência pelo Solidariedade. Manteriam, assim, a coerência com o barco do governador rumo ao cada vez mais revolto mar da disputa pela reeleição.
Fávaro deve apoiar, agora abertamente, o senador Welligton Fagundes (PR) como candidato a governador.
Leia, abaixo, a íntegra da nota/post com a renúncia de Carlos Fávaro:
“Hoje, protocolei minha renúncia ao cargo de vice-governador na Assembleia Legislativa. Tomei essa decisão em razão da missão dada pelo meu partido, o PSD, de construir um novo projeto para Mato Grosso. A razão é simples: não poderia me dedicar a esse propósito, fortalecendo o partido para as candidaturas proporcionais e majoritárias recebendo o salário mensal de R$ 20 mil e nem continuar utilizando toda a estrutura que dá apoio à Vice-governadoria.
Desde que assumi o cargo de vice-governador, reduzi sensivelmente o tamanho da estrutura que, na época, contava com 74 cargos, sendo 46 exclusivamente comissionados. No primeiro ano, diminuí para 20 o número total de servidores e mantive essa média até hoje. Com o compromisso de reduzir custos, diminuí 60% das despesas administrativas e isso tudo sem prejudicar os trabalhos, já que realizamos 12 mil atendimentos durante o período que estive à frente do gabinete.
Além disso, assumi por 20 meses a gestão da Sema – Secretaria de Estado de Meio Ambiente, um dos maiores desafios da minha vida e, com muito trabalho, planejamento e dedicação, apresentamos avanços em todas as áreas. Hoje, com certeza, temos uma secretaria muito mais eficiente e cumprindo o seu principal papel, que é a preservação do meio ambiente, sem atrapalhar o desenvolvimento econômico.
Agradeço aos eleitores que me elegeram e ao povo de Mato Grosso com a absoluta certeza de missão cumprida. Parto para esse novo desafio e não seria ético de minha parte trazer prejuízo ou despesa ao erário, utilizando-me de uma estrutura que foi criada para atender ao mandato de vice-governador. A nova política exigida pela sociedade não quer discurso, quer ação. Tenho convicção de que esta é a decisão mais acertada.
Obrigado a todos.
Carlos Fávaro
Vice-governador”
Carlos Fávaro (PSD) não é mais o vice-governador de Mato Grosso. A renúncia foi protocolada agora pela manhã durante reunião com os deputados do partido na Assembleia Legislativa e entregue ao governador Pedro Taques (PSDB), mas a decisão fora tomada ainda na noite de ontem (04).
Fávaro fez o anúncio em sua página profissional no Facebook há cerca de 20 minutos. “Tomei essa decisão em razão da missão dada pelo meu partido, o PSD, de construir um novo projeto para Mato Grosso”, escreveu no post.
Ele explica que não mais poderá exercer a vice-governadoria porque prefere fortalecer as candidaturas do partido e proporcionais mantendo o salário e a máquina do governo para fazer campanha.
Aproveitou a ocasião para realçar feitos para enxugar a máquina. “Reduzi sensivelmente o tamanho da estrutura que, na época, contava com 74 cargos, sendo 46 exclusivamente comissionados. No primeiro ano, diminuí para 20 o número total de servidores e mantive essa média até hoje. Com o compromisso de reduzir custos, diminuí 60% das despesas administrativas e isso tudo sem prejudicar os trabalhos, já que realizamos 12 mil atendimentos durante o período que estive à frente do gabinete”.
Com a renúncia, Fávaro deve oficializar sua pré-candidatura ao Senado Federal. Nos bastidores, o comentário é que há muito mais por trás da decisão tomada pelo agribusiness man, como um suposto pedido do governador e da ala governista do PSD (notadamente deputados como Gilmar Fabris) ao presidente nacional do partido e ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, para que ele determinasse os rumos do partido por aqui.
Isso seria feito por meio da dissolução da comissão provisória, presidida justamente pelo ainda vice-governador, e colocasse a turma de Fabris no lugar. Acontece que a jogada teria dado errado porque Kassab teria decidido vaticinar a decisão dos até então provisórios.
Esse racha interno levou quatro deputados estaduais da legenda a decidir pela desfiliação. A coisa já andava feia há um tempo, com outro político influente lá dentro, o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga, criticando constantemente a gestão Taques, acusando-a de “abandono aos municípios”.
O próprio Fávaro andava criticando a gestão de seu titular em público. Agora, a bancada sofreu grave emagrecimento, com apenas José Domingos Fraga, não por acaso irmão de Neurilan, como deputado. Detalhe: ele diz que não vai buscar a reeleição.
Todos os outros dissidentes vão buscar novos rumos: Nininho e Gilmar Fabris apontam para filiação ao PSDB, Wagner Ramos conta a correligionários a preferência pelo PSB e Pedro Satélite vem demonstrando preferência pelo Solidariedade. Manteriam, assim, a coerência com o barco do governador rumo ao cada vez mais revolto mar da disputa pela reeleição.
Fávaro deve apoiar, agora abertamente, o senador Welligton Fagundes (PR) como candidato a governador.
Leia, abaixo, a íntegra da nota/post com a renúncia de Carlos Fávaro:
“Hoje, protocolei minha renúncia ao cargo de vice-governador na Assembleia Legislativa. Tomei essa decisão em razão da missão dada pelo meu partido, o PSD, de construir um novo projeto para Mato Grosso. A razão é simples: não poderia me dedicar a esse propósito, fortalecendo o partido para as candidaturas proporcionais e majoritárias recebendo o salário mensal de R$ 20 mil e nem continuar utilizando toda a estrutura que dá apoio à Vice-governadoria.
Desde que assumi o cargo de vice-governador, reduzi sensivelmente o tamanho da estrutura que, na época, contava com 74 cargos, sendo 46 exclusivamente comissionados. No primeiro ano, diminuí para 20 o número total de servidores e mantive essa média até hoje. Com o compromisso de reduzir custos, diminuí 60% das despesas administrativas e isso tudo sem prejudicar os trabalhos, já que realizamos 12 mil atendimentos durante o período que estive à frente do gabinete.
Além disso, assumi por 20 meses a gestão da Sema – Secretaria de Estado de Meio Ambiente, um dos maiores desafios da minha vida e, com muito trabalho, planejamento e dedicação, apresentamos avanços em todas as áreas. Hoje, com certeza, temos uma secretaria muito mais eficiente e cumprindo o seu principal papel, que é a preservação do meio ambiente, sem atrapalhar o desenvolvimento econômico.
Agradeço aos eleitores que me elegeram e ao povo de Mato Grosso com a absoluta certeza de missão cumprida. Parto para esse novo desafio e não seria ético de minha parte trazer prejuízo ou despesa ao erário, utilizando-me de uma estrutura que foi criada para atender ao mandato de vice-governador. A nova política exigida pela sociedade não quer discurso, quer ação. Tenho convicção de que esta é a decisão mais acertada.
Obrigado a todos.
Carlos Fávaro
Vice-governador”