Cidades

Capital sedia, pela 1ª vez, Congresso Brasileiro de Fruticultura

 
De acordo com dados apresentados pelo presidente da 23ª edição do evento, professor João Pedro Valente, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o estado tem hoje cerca de 148 mil propriedades rurais. Desse montante, praticamente 100 mil se encaixam como pequenas e médias propriedades. É para esse público que a fruticultura se apresenta como uma alternativa viável, afirma Valente. 
 
Pensando nesses pequenos produtores, uma equipe de pesquisadores do Departamento de Agronomia da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) criou o programa MT Fruticultura. 
 
Coordenado pelo professor William Krause, o projeto é executado na região central do Estado desde 2013 e tem como objetivo fortalecer a fruticultura e promover o desenvolvimento econômico sustentável da agricultura familiar. Foi criada uma unidade demonstrativa em fruticultura dentro do campus para promover a capacitação de produtores rurais e técnicos da área. O local conta com sete espécies de fruteiras e já atendeu 408 pessoas. 
 
Na análise do professor Krause, a fruticultura tem um grande potencial na região central do estado, onde foram mapeados cerca de 8 mil pequenos produtores rurais em 15 municípios. Segundo ele, o cultivo de fruteiras tem uma característica social forte, pois utiliza mão de obra familiar e tem alto retorno em pequenas áreas de terra. “É uma excelente alternativa. Temos condições de clima e solo para fruteiras de clima tropical”, defende o pesquisador. 
 
O cultivo de fruteiras – acrescenta o presidente do congresso, João Valente – ainda tem como vantagem o repovoamento de áreas degradadas que não servem para a produção de grãos e a melhora da qualidade de vida da população tanto do campo quanto da cidade, já que a produção de frutas no estado reduziria o preço do produto, tornando-o mais acessível aos consumidores. 
 
Todas as vantagens, bem como as dificuldades que precisam ser superadas para a estruturação da fruticultura em Mato Grosso, serão apresentadas durante a mesa-redonda do dia 27, que vai debater a situação da fruticultura no Estado. Ao todo são sete mesas-redondas, 10 minicursos, seis conferências e apresentação de 970 artigos científicos que vão apresentar novas tecnologias, inovações, descobertas e cases. 
 
Um dos momentos de destaque será o Prêmio Jovem Cientista em Fruticultura, concedido ao melhor trabalho de iniciação científica e às melhores dissertações de mestrado e teses doutorado desenvolvidos na área de fruticultura nos últimos cinco anos no país. Foram selecionados cinco finalistas para cada categoria (doutor, mestre e graduando) e as defesas dos trabalhos acontecem nos dias 27 e 28 de agosto. A Comissão Científica Julgadora é composta de pesquisadores indicados pela Sociedade Brasileira de Fruticultura (SBF). Confira os finalistas e os horários das apresentações. 
 

Redação

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