A eventual candidatura do vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) ao Senado criará um impasse para o governador Mauro Mendes. Com apoio já declarado a Carlos Fávaro (PSD), chefe do Ermat (Escritório de Representação de Mato Grosso), em Brasília, o democrata poderá ter pela frente o peso do maior doador pessoa física para sua campanha ao Paiaguás.
Ambos estavam na mesma aliança que levou Mauro Mendes ao governo na eleição passada. Fávaro terminou a disputa ao Senado como o terceiro candidato mais votado e tentou mais de uma vez na Justiça Eleitoral a aprovação do seu para o cargo de Selma Arruda (PSL) até o período de uma nova eleição, após a cassação do mandato dela pelo TRE-MT (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso).
Pivetta por outro lado fez o papel de espelho do governador durante a campanha. Apoiado no perfil de empresários e nos altos índices de aprovação popular ao fim dos mandatos – Mauro em Cuiabá e Pivetta em Lucas do Rio Verde -, o democrata exploração em suas propagandas a imagem de eficiência em gestão.
Além disso, o então candidato a vice tirou do bolso R$ 867 mil para aplicar na campanha de Mauro Mendes, volume menor apenas que o do próprio partido, que liberou R$ 2 milhões para o representante em Mato Grosso.
O convite a Otiviano Pivetta ao Senado foi confirmado pelo presidente do diretório estadual do PDT, Allan Kardec. Ele diz que a definição ficou para o retorno do vice-governador ao Estado, depois das festas do final de ano.
“O convite está feito. Falamos com ele sobre essa possibilidade e ele disse que irá pensar quando voltar da viagem que já fez ao Rio Grande do Sul, para comemorar o fim de ano com a família”.
Questionado sobre a avaliação de Mauro Mendes sobre a eventual candidatura, Kardec afirmou que o assunto ainda será discutido o governador. “Ele disse que vai conversar com a família, porque vai ficar longe daqui de Mato Grosso, e com o governador. Mas, isso só em janeiro. Acredito que até o fim da primeira quinzena teremos uma definição”.
O presidente do diretório disse ainda que o partido aguarda a decisão de Pivetta para decidir se apresentará um novo nome ao Senado.