Os candidatos ao governo de Mato Grosso evitaram confronto intenso no primeiro dia de propaganda na TV. Pedro Taques (PSDB) usou eufemismos, Mauro Mendes (DEM) colocou foco na figura de seu vice e Wellington Fagundes (PR) apostou em apresentação de sua história. O espaço que coube aos outros dois candidatos, Moisés Franz (Psol) e Arthur Nogueira (Rede), foi o suficiente somente para apresentação de seus números de candidatura.
Taques, que busca a reeleição, tentou evitar pedir voto explicitamente e preferiu usar estratégia de ponderação dos eleitores na avaliação de seu mandato. O tucano mencionou as obras do novo Pronto-Socorro de Cuiabá, a efetivação de 40 escolas em tempo integral e andamento de obras da Copa do Mundo de 2014, sem falar sobre a mais polêmica, o modal VLT.
Ele vinculou problemas persistentes na sua gestão à corrupção do governo Silval Barbosa, então do PDMB, ao grupo de Mauro Mendes, que está coligado ao mesmo partido. Por exemplo, o entrave do VLT e a escassez financeira por dívidas herdadas que, segundo ele, são frutos das ações de Silval Barbosa.
O democrata Mauro Mendes foi um pouco mais incisivo e mencionou os ex-secretários de Taques (Paulo Taques e Permínio Pinto), presos por implicação em crimes de administração pública – desvio de dinheiro da Seduc (Secretaria de Educação) e o caso dos grampos telefônicos.
Mendes também usou a aprovação de sua gestão em Cuiabá para indicar a realização de trabalho isento de fraudes. O mais curioso foi a utilização de candidato a vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) em sua propaganda, com menção da gestão na Prefeitura de Lucas do Rio Verde. Pivetta teve espaço para fala no programa e foi o único vice a se apresentar no primeiro dia de propaganda.
Wellington Fagundes, que tem o maior tempo de TV dentre os cinco concorrentes, se manteve com a política de boa vizinhança e evitou atacar os adversários. Ele decidiu falar das eleições a deputado federal, com votação histórica em uma das seis disputadas, e da eleição ao Senado. Sua carreira política foi associada à imagem de político ligado à família e à origem simples no interior de Mato Grosso.
Moisés Franz e Arthur Nogueira tiveram espaço suficiente apenas para apresentação de seus nomes. O candidato pelo Psol se apresentou como candidato alternativo a políticos tradicionais, se referindo às coligações compostas por filiados ao PSDB, PT, MDB, DEM e PR, por exemplo. Já Arthur Nogueira preferiu mencionar perfil em redes sociais como caminho para conhecer suas propostas de governo.