Política

Candidatos atacam Mauro Mendes em segundo debate na TV; Taques e Arthur fazem guerra dos números

O pré-candidato ao governo Mauro Mendes foi o alvo dos presentes no segundo debate realizado na TV. A ausência do democrata foi criticada por Pedro Taques (PSDB) como “omissão” e como “desrespeito” por Arthur Nogueira (Rede Sustentabilidade). Ambos ainda polarizaram a discussão com guerra de números sobre áreas de serviços públicos.

“O Mauro Mendes não veio porque ele sempre foi omisso. Não respeita os eleitores. Não sou eu que tenho ao meu lado pessoas que roubaram o Estado na gestão passada. Ele deveria estar aqui para explicar como um de seus principais aliados [o ex-governador Silval Barbosa] deixou o Estado nessas condições”, disse o tucano ao responder pergunta sobre a crise financeira em Mato Grosso.

Arthur Nogueira foi mais sutil, mas também não perdeu a oportunidade de criticar Mauro Mendes. Ao pedir desculpa às pessoas que estavam presentes no auditório do debate, por atraso no início do programa, ele disse: “Eu sempre tive compromisso em pontual em minhas reuniões e honrar o comparecimento quando confirmo minha presença. Quero pedir desculpa as pessoas pelo o que aconteceu aqui hoje”.

Mauro Mendes anunciou sua desistência de comparecer no debate realizado pela TV Cuiabá, nesta terça-feira (4), no último sábado (1º), algumas horas depois de sua assessoria participar de sorteio para ordem de apresentação dos candidatos no programa. Também faltou ao debate o candidato do Psol Moisés Franz.

O candidato republicano Wellington Fagundes (PR) foi questionado diretamente sobre a ausência de Mauro Mendes e evitou críticas. Ele também fez o papel de boa vizinhança durante o debate.

Guerra dos números

Pedro Taques e Arthur Nogueira utilizaram números sobre saúde e educação para apresentação de versões sobre a situação dos serviços no Estado. Por exemplo, sobre os recursos do Fundo Estabilização Fiscal (FEF) para a quitação de dívidas com prefeituras.

Taques disse que o fundo servirá para estabilizar a prestação de serviços a partir deste ano, com o repasse assegurado para as prefeituras que teria sido prejudicado pelo governo Silval Barbosa. Já Arthur Nogueira disse que o fundo representa a situação de degradação da área a partir da gestão Pedro Taques, caso das greves constantes dos hospitais filantrópicos.

O FEF foi aprovado no primeiro semestre deste ano pela Assembleia Legislativa e assegura o repasse de R$ 15 milhões mensais para hospitais regionais e os filantrópicos. O fundo, no entanto, não resolve a dívida de R$ 130 milhões com as prefeituras.

Outra área disputada em torno de números foi a educação, que neste ano passou por crise com a falta de merenda escolar por suspensão dos serviços pelas prestadoras de serviços, que tem pagamento atraso. Taques defendeu sua gestão com a apresentação de números de escolas integrais abertas nos últimos três anos e a “valorização” do salário dos professores em 49%.

Para Arthur Nogueira, a crise na educação se deve à falta de política pública que abarque todo o sistema educacional público que impeça a paralisação de serviços.

Redação

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