Política

Candidatos ao governo polemizam debate com acusações a adversários

Os candidatos ao governo subiram o tom de críticas no penúltimo debate na TV antes do dia de votação, no domingo (7). O tucano Pedro Taques (PSDB), que concorre à reeleição, se destacou pela estratégia intensa de associação do líder das pesquisas, Mauro Mendes (DEM), ao ex-governador Silval Barbosa (sem partido). O debate foi realizada nesta sexta-feira (28) pela TV Vila Real.

A novidade foi o anúncio da suposta ação cobrança em andamento de incentivo fiscal irregular dado por Silval Barbosa à empresa de Mendes. Em sua fala, Taques afirmou que órgãos controladores do Estado devem lançar ação nos próximos dias de cobrança a Mendes.

“Se prepara que tem órgão fiscal que vai cobrar do senhor o dinheiro de incentivo fiscal dado irregularmente. Nosso governo, eu cortei os incentivos fiscais negociados com amiguinhos do governo, que esteve na coordenação na campanha do Mauro em 2008 [a prefeitura de Cuiabá] e estavam juntos nesta campanha”, disse Taques.

Os incentivos irregulares teriam sido concedidos para a empresa Bimetal Indústria de Metalurgia, que entrou em recuperação judicial em 2016. O pedido de saúde estaria em análise pelo Tribunal Justiça.

Mauro Mendes revidou os ataques a citação dos processos em andamento contra ex-secretários de Pedro Taques investigados por crimes de corrupção administração pública e pelo caso de escutas ilegais de linhas telefônicas. O democrata disse ainda que as falas de Taques “são acusações mentirosas já proibidas pela Justiça Eleitoral de ser usadas”.

“Sai da prefeitura com mais de 80% de aprovação. Não tive nenhum secretário envolvido em corrupção. O candidato [Pedro Taques] conta mentiras para população. Quanto aos incentivos fiscais, realmente recebi, mas não há nada de irregular”.

Debate de propostas

Os candidatos enfocaram as perguntas mais frequentes na área da saúde, repetindo situação ocorrida em outros debates com a apresentação de versões contrárias sobre a condição dos serviços. Mauro Mendes, Wellington Fagundes (PR) e Arthur Nogueira (Rede) falaram sobre a necessidade de investimento em serviços básicos, como a atenção primária, e Pedro Taques enfatizou novamente a estratégia dos candidatos de atribuir-lhe “todas as dificuldades da saúde”.

Moisés Franz (Psol) foi o candidato com pontuação mais plausível na discussão de propostas, com apresentação de sugestão de planos para a redução de casos de violência contra mulher, e a manutenção de programa de auxílio a famílias de baixa renda.

“Devemos criar política que realmente proteja a mulher e não que somente registre o caso de violência e logo depois deixa a vítima vulnerável, chegando a ser assassinada. Vamos criar política em rede para dar condições à mulher”.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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