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Canal Livre levou R$ 108 mi e foi usada por grupo de Silval para propina, diz delação

O ex-governador Silval Barbosa (PMDB), revelou que usou o contrato com o Consórcio C.L.E Arena Pantanal, que tinha como objetvo a instalação de serviços de tecnologia da informação na arena, para desviar recursos públicos liberados em forma de propina sob a alegação de que seria utilizado para cobrir despesas da campanha de 2010. A Canal Livre compunha o consórcio com a Etel Engenharia Montagens e Automação Ltda e faturou R$ 108 milhões com o contratato.

A informação consta na delação de Silval Barbosa à Procuradoria Geral da República (PGR) e foi revelada em reportagem exibida na noite desta segunda-feira (21) durante o Jornal Nacional, da Rede Globo.

A propina seria de 3% e teria sido acertada pelo então secretária da Gecopa, Éder Moraes. Com a saída de Éder, Maurício Guimarães, que assumiu a Secopa, teria mantido o esquema.

O Circuito Mato Grosso publicou uma série de matérias, à época, questionando o referido contrato. No dia 15 de outubro de 2014, por exemplo, mostrou que o Consórcio C.L.E Arena Pantanal recebeu aditivo de R$ 12,626 milhões pelas obras de Tecnologia, Informação e Comunicação (TIC) do estádio. Com isso, o valor inicial da obra que era de R$ 98,1 milhões passa a ser de R$ 110,8 milhões. 

Tratava-se do terceiro termo aditivo ao contrato de n° 26/2013, firmado com a Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) e publicado no Diário Oficial do Estado do dia 13 daquele mês

A publicação também citava um aditivo ao prazo de execução e vigência do contrato, que passam a ser 31 de agosto e 29 de novembro, respectivamente. 

De acordo com a Secopa, o aditivo na verdade, apenas oficializa um reajuste de preço que já havia sido aplicado ao contrato. Tecnologia 

O contrato firmado entre a Secopa e o Consórcio C.L.E. previa o fornecimento de materiais, equipamentos e prestação de serviços técnicos especializados de instalação, ativação, configuração, realização de testes, garantia, treinamento, manutenção, operação e suporte para a implementação de Sistemas de Telecomunicações; Sistema de TV (infraestrutura), IPTV e Signage; Sistemas de Segurança (CFTV, Controle de Acesso e Detecção e Alarme. 

Assinado em 19 de junho de 2013, o contrato tinha como prazo de execução inicial 280 dias e prazo de vigência de 450 dias. 

Em dezembro do mesmo ano no entanto, foi assinado um termo aditivo acrescendo 105 dias ao prazo de execução da obra. 

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Redação

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