Esta eleição municipal está sendo marcada pelo protagonismo de esposas de políticos em Cuiabá (MT). Pelas redes sociais, elas destilam ódio, se solidarizam ou se defendem de ataques típicos de período eleitoral.
Quem roubou a cena foi a primeira-dama da Capital, Virgínia Mendes. Com a desistência do marido, o prefeito Mauro Mendes (PSB) de concorrer à reeleição no último minuto, ambos deveria apoiar a candidatura do ex-prefeito e atual deputado estadual Wilson Santos (PSDB). Mas, Virgínia não aceitou a condição e partiu para o ataque.
Por várias vezes escreveu em sua página no Facebook sobre sua mágoa em relação ao tucano, mesmo Mauro Mendes tendo que apoiá-lo por força da situação que ele mesmo provocou com a desistência do pleito. Virgínia recebeu a solidariedade dos amigos, ganhou muitas curtidas e novos seguidores.
A esposa do deputado estadual Emanuel Pinheiro (PMDB), Marcia Pinheiro, saiu em defesa de Virgínia Mendes e também ganhou destaque na rede social. Marcia publicou um texto se solidarizando com a primeira-dama.
“Querida Virginia Mendes, quero que saiba que você tem o meu apoio e a minha solidariedade. Enquanto muitos se calam quanto a isso eu não tenho receio de me posicionar e dizer que você, independente de campanha, independente de eleição, tem o meu profundo respeito e admiração”, diz trecho da publicação.
Virgínia, por sua vez, também publicou em sua página do Facebook um agradecimento a Márcia dizendo que sente-se lisonjeada por ter ela ter saído em sua defesa e que mulheres de posicionamento precisam ser fortes.
A arquiteta Adriana Bussiki, esposa do candidato Wilson Santos (PSDB), gravou um vídeo para falar que era contra a candidatura, que tinha planos para se dedicar mais a família, mas que estava aprendendo a aceitar o desafio.
Esta semana, usou um tom a mais para rebater nota em que ela aparece como “mulher submissa”.
Eu sua página no facebook, a ex-primeira-dama de Cuiabá (MT) desabafa:“Hoje, pela imprensa escrita, deparei-me com uma inversão e desvio de foco desnecessários para uma eleição municipal. A foto/mensagem postada, criada por alguém e endereçada para alguém, reflete, verdadeiramente, a confusão que o autor ou autora fez com o conceito submissão ou ainda “mulher submissa”, pelo qual dispõe sobre a “condição de obedecer ordens de um superior, sem o direito de tomar decisões livres ou de se expressar da forma que bem entender”, escreve a arquiteta.
Segundo Adriana Bussiki, desde o primeiro momento da campanha vem socializado o seu pensamento, por mídia social, sobre a candidatura do seu esposo. “E dessa forma, desvinculando deste inoportuno conceito e divulgação de vanglória”.