Na tarde desta sexta-feira (27) os caminhoneiros de Mato Grosso voltaram a bloquear trechos das rodovias no estado. Desta vez a manifestação que dura quase dez dias, está acontecendo no quilômetro 315 da BR-364. A Justiça Federal de Mato Grosso já decidiu liminarmente pelo fim dos bloqueios, mas a decisão está sendo ignorada pelos manifestantes , que agora começaram a derramar as cargas na pista.
O único trecho que já foi liberado até agora foi o do Km 397 da BR-364, em Cuiabá. Ainda existem outros pontos em Rondonópolis (KM 121 da BR-163 / KM 203 da BR-364), Nova Mutum (KM 593), Lucas do Rio Verde, com dois bloqueios, nos KM 683 e 686, Sorriso (KM 746), e em Sinop (KM 839). Conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF), houve uma briga entre manifestantes e caminhoneiros contrários ao protesto e, depois disso, a via foi interditada novamente. Em Nova Mutum (KM 593), há derramamento de soja, o que impossibilita o tráfego de veículos no local. Os manifestantes permanecem na região.
Cidades já sentem consequências das paralizações
O protesto já acarreta em graves problemas de abastecimento de combustíveis em sete cidades (Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Rondonópolis). Já há casos de desabastecimento de alimentos e combustíveis, bem como gás de cozinha e água em garrafões, em Cuiabá, Várzea Grande, Lucas do Rio Verde, Sinop, Nova Mutum, Rondonópolis e Sorriso. Em Várzea, na Avenida Couto Magalhães, que na manhã de quinta-feira (26) um posto de combustível encontrava-se sem óleo diesel e etanol.
Veículos de passeio e ônibus circulam normalmente em todos os locais onde há manifestação. No entanto, informações do Centro de Controle Operacional da Concessionária dão conta que os manifestantes no KM 589, em Nova Mutum, impedem a passagem de qualquer veículo. Por isso, a Rota do Oeste pede paciência aos usuários que trafegam na região, e cuidado redobrado em qualquer destes pontos.