A mobilização teve início por volta do meio-dia desta segunda-feira (24) e, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), causou um congestionamento de pouco mais de 25 km nos sentidos da rodovia.
“A Rodovia dos Imigrantes está numa situação desesperadora, é buraco pra tudo quanto é lado. Muitas vezes a gente demora até cinco horas para atravessar do Trevo do Lagarto até o Distrito Industrial. Isso é um absurdo. Eu nem sabia que estava acontecendo este ato, mas apoio a manifestação”, alegou Marcos José da Silva, caminhoneiro há 30 anos.
Durante o protesto, os caminhoneiros ameaçaram inclusive, fecharam as três pistas da via, ato este que foi barrado pelos agentes rodoviários federais que estavam no local. Os manifestantes queriam também cruzar Cuiabá até o Trevo do Lagarto, em Várzea Grande, passando por dentro da cidade, o que é proibido para veículos pesados.
“Estamos atuando aqui, especialmente para evitar que os caminhoneiros adentrem a cidade de Cuiabá, o que poderia causar um verdadeiro transtorno no trânsito da capital”, alegou o agente da PRF, Andre Luis.
Para tentar ‘acalmar os ânimos’ dos manifestantes e evitar maiores protestos, a PRF contou com apoio de homens da Polícia Militar e também pelos agentes de trânsito da Capital, os ‘amarelinhos’.
Ainda existe uma fila bastante extensa de caminhoneiros na região e a expectativa da PRF é de que o fluxo de veículos diminua somente no inicio da noite.
Protestos
Nos últimos dias, caminhoneiros têm realizado alguns manifestos para cobrar melhorias nas condições de trafegabilidade na Rodovia dos Imigrantes. Eles alegam que diariamente enfrentam congestionamentos quilométricos e estradas em péssimas condições.
Segundo o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Mato Grosso (Sindicam), Roberto Pessoa, o grande volume de caminhões nas estradas gera fila de quase 50 quilômetros entre o Trevo do Lagarto e a BR 364, na saída para Rondonópolis.
Somente a Rodovia dos Imigrantes tem extensão de 28 quilômetros entre o entroncamento com as rodovias federais BR-070, BR-163 e BR-364 em Cuiabá e “Trevo do Lagarto”, em Várzea Grande.
O Sindicam tenta um diálogo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), para que o órgão realize a manutenção na rodovia. “A Imigrantes está uma calamidade. Não vai restar outra opção ao caminhoneiro. O jeito será ele tentar passar por dentro de Cuiabá e Várzea Grande”, alertou Pessoa.
