O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, anunciou nesta quarta que haveria a reunião da Mesa Diretora. Se a Mesa decidir abrir o processo, a discussão vai para a Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, por fim, vai a votação em plenário, que pode culminar com a perda de mandato de Genoino.
Atualmente, as regras da Casa preveem votação secreta para análise de perda de mandato. Porém, no dia em que os deputados negaram a cassação de Donadon, o presidente da Câmara afirmou que não iria mais realizar votações secretas para perda de mandato.
Há duas Propostas de Emendas à Constituição (PEC) à espera da apreciação em segundo turno na Câmara e no Senado que acabam com as votações secretas em processos de cassação de mandato. Não há previsão de quando as duas propostas serão analisadas por senadores e deputados.
Pedido de prisão domiciliar
O advogado Luiz Fernando Pacheco, que defende Genoino, esteve nesta quarta com seu cliente na penitenciária da Papuda, em Brasília, e disse que seu cliente está "fraco e prostrado".
Pacheco esteve também no Supremo Tribunal Federal (STF) e se reuniu com o presidente do tribunal, Joaquim Barbosa. Ele reiterou a Barbosa o pedido feito no fim de semana, para que Genoino cumpra em prisão domiciliar a pena de de 6 anos e 11 meses que recebeu no julgamento do mensalão. Segundo o advogado, Barbosa afirmou que dará a decisão até esta quinta (21).
Um laudo do Instituto de Medicina Legal da Polícia Civil do Distrito Federal informa que o deputado federal licenciado é "paciente com doença grave, crônica e agudizada, que necessita de cuidados específicos". O laudo não faz recomendações a respeito do regime de prisão ao qual o deputado deve ser submetido.
G1