A Câmara de Cuiabá arquivou o pedido de análise de cassação do mandato do vereador Renivaldo Nascimento (PSDB) apresentado na semana passada por Abílio Junior (PSC). Vinte vereadores votaram a favor do arquivamento do pedido e três se abstiveram. O presidente Misael Galvão (PSB) é impedido pelo regimento interno de votar.
Na representação, Abílio cita sete casos de “atos atentatórios” contra cinco diferentes vereadores, desde março de 2018, uma ex-vereadora e um assessor de deputado estadual, incluindo ele próprio. Outros apontados como agredidos são Felipe Wellaton (PV), Ricardo Saad (PSDB), Dilemário Alencar (PROS), Orivaldo da Farmácia (Progressistas), a ex-vereadora Lueci Ramos, e o assessor Rafael Millas, funcionário do deputado Ulysses Moraes (DC).
O pedido foi protocolado dias após Misael Galvão acatar um parecer da Comissão de Ética pela investigação da quebra de decoro de Abílio Junior, no episódio na casa do prefeito Emanuel Pinheiro, em maio deste ano. Hoje, ele disse da tribuna que a Câmara age com corporativismo.
“Aqui é igual a uma escola. Tem os que são brincalhões, os que levam a sério, também tem o valentão, que pratica bullying, que parte para a agressão. Existe certo corporativismo nesta Casa, que protege o valentão”.
Renivaldo devolveu e crítica e mencionou boletins de ocorrência que Abílio enfrentaria por desrespeito. E voltou a falar que o colega “busca atenção da mídia”.
“Não sou eu que tenho 15 BOs registrados por falta de respeito. Eu sempre respeitei e respeito as pessoas. Sou servidor público há 33 anos. Respeito sempre é bom. O que o Abílio faz é premeditado para querer mídia”.
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