A MP foi enviada pelo governo sob o argumento de que a nova taxa pode corrigir os contratos do BNDES, reduzir o custo dos juros para democratizar o crédito e controlar a inflação.
“A verdade é que o investimento no país não aumentou [com a TJLP]. O dinheiro do trabalhador foi parar nas grandes empresas e foi dividido na participação dos lucros daqueles que são sócios dos grupos econômicos. Por meio dessa MP, vamos corrigir essa distorção e o BNDES vai se voltar para os projetos de mais qualidade, que geram emprego e que têm impacto social”, disse o deputado Betinho Gomes (PSDB-PE), relator da proposta.
A medida passou no plenário da Câmara apesar da obstrução dos partidos de oposição. Os líderes oposicionistas argumentam que a nova taxa não trará impacto econômico positivo e poderá promover retrocesso em conquistas de anos anteriores.
“Não é verdade que a TJLP beneficiou apenas os campeões (…). A TJLP foi usada em vários tipos de financiamentos, à grandes empresas, à média e pequenas e ao setor publico. Foi a TJLP que garantiu o desenvolvimento da indústria e de diversos setores nos últimos anos, como a hotelaria. Só tem sentido ter o BNDES se ele tiver trabalhado com taxas de juros mais favorecidos para investimentos de longo prazo”, declarou o líder do PT, deputado Carlos Zarattini (SP).
A MP ainda precisa passar pelo plenário do Senado até o dia 7 de setembro, quando perde a validade.