Internacional

Califórnia e 5 outros estados fazem prévias presidenciais hoje

Hillary visita restaurante em watts, na Califórnia, nesta segunda (6) (Foto: John Locher/AP)

Hillary Clinton está a caminho do que pode ser o momento definitivo para garantir sua oficialização como candidata presidencial do Partido Democrata – apesar de uma contagem da agência Associated Press já lhe garantir a nomeação -, e vem capitalizando sobre o ataque feroz que fez a Donald Trump, seu provável adversário republicano na eleição geral de 8 de novembro.

Seis Estados norte-americanos – Califórnia, Montana, Dakota do Norte, Dakota do Sul, Nova Jersey e Novo México — irão votar em primárias partidárias nesta terça-feira (7).

A campanha de Hillary espera que a favorita nas pesquisas de opinião consiga concretizar a indicação partidária na noite de terça com uma vitória em Nova Jersey, desviando o foco da batalha em que está envolvida na Califórnia com o rival Bernie Sanders. Hillary pode se declarar o nome oficial do partido antes do fechamento das urnas naquela unidade federativa.

Na Califórnia, o estado com maior número de delegados em jogo, Hillary já teve uma vantagem considerável sobre o senador de Vermont nas pesquisas, mas sondagens dos últimos dias mostraram uma disputa apertada entre os dois pré-candidatos.

Uma derrota para Sanders na Califórnia não frearia a caminhada da ex-secretária de Estado rumo à indicação, mas poderia convencer o senador e seus apoiadores a insistirem na candidatura até a convenção democrata de julho, que oficializa o escolhido da legenda para a eleição. Uma derrota também poderia reforçar o argumento de Trump de que Hillary é uma pré-candidata enfraquecida.

Hillary fez campanha em Oakland, Vallejo e Sacramento no domingo, e a certa altura prometeu enfrentar o poderoso lobby dos produtores de armas dos Estados Unidos, de acordo com a rede de televisão NBC News.

Os ânimos andam exaltados no Estado. Na semana passada, o governo relatou que a cifra de eleitores registrados na Califórnia chegou a 18 milhões, a maior da história, sendo mais de 650 mil novos registros só nas últimas seis semanas – três de cada quatro novos eleitores são democratas.

Em um discurso feito em San Diego na semana passada, a ex-senadora de Nova York atacou Trump, magnata do setor imobiliário e ex-apresentador de reality show, afirmando que ele carece do temperamento e do conhecimento necessários para lidar com nações estrangeiras. Hillary disse que ele seria perigoso se deixado a cargo do arsenal nuclear do país e que poderia usá-lo, caso fosse ofendido, por que tem "o couro fino".

Pesquisa mostra Hillary à frente
De acordo com pesquisa Reuters/Ipsos divulgada nesta sexta-feira (3) que considera Hillary e Trump como candidatos à presidência, a democrata retoma terreno depois de o bilionário nova-iorquino chegar a empatar a disputa no mês passado.

Cerca de 46% dos prováveis eleitores disseram apoiar Hillary, enquanto 35% disseram apoiar Trump, e outros 19% disseram que não apoiarão nenhum deles, de acordo com o levantamento que ouviu 1.421 pessoas entre os dias 30 de maio e 3 de junho.

Em maio, Trump chegou a empatar com Hillary, aumentando as expectativas de uma disputa apertada entre os dois prováveis candidatos na eleição presidencial de novembro.

Segundo a agência de notícias "Associated Press", Trump já atingiu o número de delegados necessários para conquistar a nomeação republicana para ser o candidato do partido à presidência dos EUA. A agência chegou a essa conclusão após entrevistar delegados não comprometidos com nenhum candidato, conhecidos como "unbound delegates", que afirmaram que iriam apoiar Trump na convenção de Cleveland.

São necessários 1.237 delegados para alcançar a nomeação do Partido Republicano à Casa Branca. Na contagem da AP, Trump atingiu 1.239. Dessa forma, o bilionário evitaria que o partido definisse o candidato na convenção em Cleveland, em julho. O partido, no entanto, só irá anunciar os resultados oficiais na convenção.

Fonte: G1

Redação

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