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Caixas eletrônicos ficam sem dinheiro após greve de vigilantes

A paralisação dos trabalhadores de transportes de valores, que completou uma semana na segunda-feira (18), já começa a trazer prejuízos à população no Recife. Em vários pontos da cidade, caixas eletrônicos estão sem dinheiro, pois o abastecimento não vem sendo realizado pelos profissionais, desde que um imbróglio sindical deu início ao movimento abraçado por parte da categoria e provocou a redução das atividades nas empresas de segurança privada.

Desde o fim de semana, o problema vem sendo observado por quem precisa sacar dinheiro nos terminais espalhados pela cidade. É o caso do técnico em farmácia Ivaldo Ferreira. "É transtorno grande. A gente não tem um lugar mais próximo e usa o banco 24 horas para facilitar. Desde sábado, está assim e a gente não tem nem noção de quando vão resolver", contou.

Em um posto de combustíveis localizado na Estrada Velha de Água Fria, na Zona Norte, um retrato fiel do problema. Dez caixas, lado a lado, todos com avisos: 'sem dinheiro'. "Com esse, é o quarto lugar que eu vou. Fui ao Plaza, à Encruzilhada e agora vim aqui. Nenhum caixa está funcionando. Não sei mais aonde bater. Sou comerciante, preciso girar o dinheiro, comprar material e estou sendo prejudicado", disse Eduardo Lima.

O problema vem ocorrendo por uma pendenga sindical. Parte dos trabalhadores da categoria decidiu criar uma nova entidade, o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Transporte de Valores e Escolta Armada (Sindfort). Eles reivindicam reposição salarial de 15 a 20%, aumento de R$ 5 no ticket refeição, plano de saúde e redução de horas na jornada de trabalho.

De acordo com o Sindfort, esses vigilantes trabalham na Prosegur, Brinks, Preserve e Corpus. Todas as empresas já estariam negociando com eles, menos a Preserve. "Está tudo registrado, tudo legal. O único problema é que a gente não tem a carta sindical. Diversos estados do Brasil, no entanto, não têm essa carta e o patronato negocia com a categoria", explicou o presidente do Sindforte, Cláudio Mendonça. A Rede Globo procurou os representantes da Preserve, mas não obteve retorno.

Desde a semana passada, um grupo vinha impedindo os carros da empresa de deixar a sede, que fica na Rua Afonso Pena, no bairro da Boa Vista, área central do Recife. O Batalhão de Choque da Polícia Militar chegou a ser chamado para resolver o problema. No meio da confusão, bombas de efeito moral, balas de borracha e um vigilante ferido.

O antigo sindicato, denominado Sindicato dos Vigilantes de Pernambuco (Sindesv), já teria negociado o aumento da categoria, fato que provocou a ira dos dissidentes. De acordo com o diretor da entidade Inácio Ferreira, o reajuste está aprovado. O aumento, de 12%, foi justamente o proposto pelas empresas.

Apesar da falta de dinheiro nos caixas ser perceptível em vários pontos, as entidades bancárias não sabem mensurar o tamanho exato do problema. Em nota, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) informou que cada instituição financeira define os procedimentos de abastecimento dos terminais junto às empresas de transporte de valores contratadas por elas. O G1 também tentou contato com a Tecban, que administra os caixas da Rede 24 horas, mas não não conseguiu contato com a assessoria, sediada em São Paulo.

Fonte: G1

Redação

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