Cidades

Cai o número de profissionais com carteira assinada em Mato Grosso

Foto: Andréa Lobo / Arquivo CMT

Em Mato Grosso, 22 mil trabalhadores do setor privado deixaram de trabalhar com a carteira assinada no segundo trimestre de 2015, o que representa 22% dos que possuem emprego. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (25) e faz o comparativo com o mesmo período do ano passado. 

No primeiro trimestre de 2015, 78,1% dos empregados tinham carteira de trabalho assinada, apresentando estabilidade em relação a igual trimestre de 2014 (78,1%).

“O que a gente observa é que menos pessoas em Mato Grosso estão tendo a oportunidade de ter a carteira assinada e, por conseguinte, os direitos trabalhistas”, afirmou a Chefe da Unidade Estadual do IBGE, Millane Chaves da Silva.

Para o professor da Faculdade de Economia da Universidade Federal de Mato Grosso, Gerson Rodrigues da Silva, a situação é preocupante, já que no geral, apenas 45% da população ativa trabalham com carteira assinada.

“As questões das garantias relacionadas ao trabalhador no Brasil ainda são preocupantes. A maioria dos trabalhadores no país trabalham sem carteira assinada e sem a garantia dos direitos. Em um momento de crise, o trabalhador não está preocupado se tem carteira assinada, ele quer arrumar uma alternativa de renda, por conta da preocupação com a vida familiar”, afirma o especialista.

Emprego e desemprego

Em relação a taxa de desemprego em Mato Grosso, o número de desempregados saltou de 3,9% para 6,2% no segundo trimestre deste ano se comparado com o mesmo período de 2014. No primeiro trimestre de 2015 a taxa foi de 5,7% também maior em relação aos três primeiros meses do último ano.

Segundo o levantamento, das 2,5 milhões pessoas em idade ativa no estado, 60% (1,5 milhão de pessoas) encontravam-se ocupadas, entre abril e junho deste ano. Já 4% se encontram desocupadas (que está procurando trabalho), o que representa 100 mil pessoas.

A população desocupada não apresentou variação estatisticamente significativa no segundo trimestre. O nível da ocupação (que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar) ficou estável nesse período. 

Os dados nacionais apontam que o índice de desemprego ficou em 8,3%, no segundo trimestre, sendo a maior taxa da série histórica, que teve início em 2012. Contudo, na média nacional, Mato Grosso obteve bons índices e se destaca na quarta colocação com taxa de desocupação de 6,2%. Acompanhando o mesmo índice estão os estados de Mato Grosso do Sul e Paraná. Também Rondônia (4,9%) e Espírito Santo (6,6%).

Entre os setores que apresentam a maior geração de empregos estão o industrial, que houve crescimento de 2% na comparação do segundo trimestre deste ano com o anterior, quando 174 mil pessoas foram contratadas.

Já no setor comercial houve queda de 3% entre os dois períodos. Atualmente a estimativa é de 318 mil pessoas. 

Pesquisa

Os números fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que substitui a tradicional Pnad anual e a Pesquisa Mensal de Emprego (PME). São investigados 3.464 municípios e aproximadamente 210 mil domicílios em um trimestre.

Para Mato Grosso, mensalmente o IBGE tem a média de 1.846 domicílios coletados em cerca de 5.537 domicílios no trimestre, distribuídos em 407 setores censitários com uma cobertura de 93 dos 141 municípios do estado.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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