Os brasileiros estão deixando de lado o casamento religioso e preferindo o registro civil ou apenas a união consensual – que hoje, pela primeira vez, é modalidade mais frequente no País. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 5, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), como parte da pesquisa Nupcialidade e Família, com números do Censo 2022.
De acordo com os novos números, em 2022, 51,3% da população com 10 anos ou mais do país viviam em união conjugal; uma porcentagem praticamente igual à registrada em 2010 (50,1%). Entretanto, nas últimas duas décadas, houve uma alteração significativa na escolha do arranjo conjugal.
Entre 2000 e 2022, a porcentagem de brasileiros casados no religioso e no civil recuou quase dez pontos porcentuais, passando de 49,4% para 37,9%. A proporção de casamentos somente no civil cresceu de 17,5% para 20,5% no mesmo período. Já a porcentagem de pessoas vivendo em união consensual subiu de 28,6% para 38,9%, tornando-se a forma de união mais frequente no Brasil.
A união consensual é mais frequente na população até os 39, mostrando que se trata de uma escolha, sobretudo, dos mais jovens, segundo os pesquisadores. Por outro lado, o casamento no religioso e no civil é mais frequente entre aqueles com mais de 40 anos.
O casamento no religioso e no civil também é a opção mais frequente entre as faixas de rendimento domiciliar acima de um salário mínimo, enquanto a união consensual é a primeira escolha entre os mais pobres.


