O mercado do café arábica trabalha com uma leve recuperação na Bolsa de Nova York (ICE Futures Group) na manhã desta quarta-feira (30).
Por volta das 9h13 (horário de Brasília), o contrato setembro/17 tinha queda de 260 pontos, a 127,60 cents/lb (fechamento do dia anterior). Para o contrato dezembro/17, alta de 35 pontos, a 129,00 cents/lb. Alta de 40 pontos para o contrato março/18, a 132,50 cents/lb e de 40 pontos também para maio/18, a 134,80 cents/lb.
De acordo com Marcus Magalhães, analista de mercado da Maros Corretora, em seu programa A Voz do Café, as "emoções mercadológicas" estão praticamente finalizadas em 2017, levando as cotações a uma "letargia".
Há notícias de boas floradas em São Paulo e Minas Gerais, com o mercado começando a entender que o ano de 2018 poderá apresentar números de safra expressivos, o que vem impactando as bolsas internacionais. Os grandes investidores precificam uma boa safra à frente. A ansiedade dos operadores é elevada, como descreve Magalhães.
Em seu boletim divulgado na tarde de ontem (29), o analista Anilton Machado, da Origem Corretora, também avalia que as últimas chuvas sobre áreas produtoras do Brasil estão sendo vistas pelos operadores em Nova York como benéficas para a safra 2018/19.
Mercado interno
Às 9h13, o tipo 6 duro, apresentava alta de 2,22% em Franca (SP), a R$460,00. Guaxupé (MG) teve queda de -1,12%, a R$440,00. Os preços mais altos são registrados em Araguari (MG), a R$470,00, sem variação.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
Café: arábica encerrou a 3ª em NY com quedas de até 270 pts
O mercado do café arábica encerrou a terça-feira (29) com quedas expressivas na Bolsa de Nova York (ICE Futures Group).
O contrato setembro/17 teve queda de 260 pontos, a 127,80 cents/lb. Dezembro/17 rompeu a linha dos US$1,30/lb e trabalhou com 270 pontos de queda, a 128,65 cents/lb. Para março/18, queda de 270 pontos, a 132,10 cents/lb e queda de 265 pontos em maio/18, a 134,40 cents/lb.
De acordo com Nick Gentile, sócio-gerente da trader NickJen Capital, em Nova York, uma falta de notícias baixistas de temperatura vinda das áreas produtivas puxou os preços para baixo.
Rodrigo Corrêa da Costa, diretor de Trading da Comexim USA, considera que a manutenção dos patamares a US$1,30/lb é importante, mas que este fator depende do prognóstico de chuvas no Brasil e do movimento cambial do dólar em relação ao real.
Armazéns certificados pela ICE em Houston, no Texas (EUA), também fecharam após a tempestade tropical provocada pelo Furacão Harvey, como informa a Reuters.
Peter Mooses, estrategista de mercado sênios na RJO Futures, em Chicago, disse que "há um sentimento de que a produção está muito alta, já que temos notícias negativas que não estão levando os preços para cima".
O dólar fechou praticamente estável em relação ao real, com alta de apenas 0,03%, a R$3,1632. A máxima do dia foi de R$3,1774.
Mercado interno
No mercado interno, o café tipo 4/5 apresentou alta em duas praças pesquisadas: Varginha (MG), 1,09%, a R$465,00 e Franca (SP), 1,06%, a R$475,00. Para Poços de Caldas, foi registrada uma queda de -1,31%, a R$452,00.
Para o café tipo cereja descascado, queda em Poços de Caldas, de -1,28%, a R$463,00, em Guaxupé (MG), de -1,01%, a R$490,00 e em Espírito Santo do Pinhal (SP), de -1,00%, a R$495,00. Varginha (MG) teve alta de +1,05%, a R$480,00.
No tipo 6 duro, houve alta de 2,22% em Franca (SP), a R$460,00. Guaxupé (MG) teve queda de -1,12%, a R$440,00. Os preços mais altos são registrados em Araguari (MG), a R$470,00, sem variação.