Caberá à História julgar Fidel, diz Obama
Responsável pelo degelo nas relações com Cuba, o presidente americano, Barack Obama divulgou uma nota sobre o falecimento do líder cubano
Responsável pelo degelo nas relações com Cuba, o presidente americano, Barack Obama divulgou uma nota sobre o falecimento de Fidel Castro na qual disse que caberá à História julgar Fidel – uma referência indireta ao discurso do líder revolucionário quando foi preso e julgado em Cuba pela ditadura de Fulgêncio Batista, intitulado "A História me absolverá". Obama lembrou do processo de reaproximação entre os dois países e ofereceu condolências ao povo cubano.
"A história julgará o impacto dessa figura singular em seu povo e no mundo", disse o presidente americano. "Hoje oferecemos nossas condolências ao povo cubano. Nos dias pela frente, lembraremos do passado e do futuro. Os cubanos sabem que têm nos Estados Unidos, um parceiro."
Leia a íntegra da nota:
"Com a morte de Fidel Castro, estendemos a mão da amizade ao povo cubano. Sabemos que esse momento enche cubanos – em Cuba e nos Estados Unidos – de emoções poderosas que lembram as inúmeras maneiras que Fidel Castro alterou o curso da história de indivíduos, famílias e da nação cubana. A História gravará e julgará o impacto dessa figura singular em seu povo e ao redor do mundo.
Por quase seis décadas, a relação entre Cuba e os Estados Unidos foi marcada pela discordância política profunda. Na minha presidência, trabalhamos para deixar o passado para trás e buscar um futuro no qual a relação entre nossos países seja marcada não pelas diferenças, mas pelos laços em comum que temos como vizinhos e amigos: laços familiares, culturais, comerciais e humanos. Esse engajamento inclui a contribuição dos cubanos-americanos, que fizeram tanto pelo nosso país e se importam bastante com seus parentes em Cuba.
Hoje, oferecemos as condolências à família de Fidel Castro e nossas orações ao povo cubano. Nos dias pela frente, lembraremos do passado e do futuro. Os cubanos sabem que têm nos Estados Unidos, um parceiro"
Estadão