Cidades

CAB culpa Secopa por nova crise de água em Cuiabá

 
Um dos exemplos citados pela CAB é o bairro Santa Isabel, onde os moradores sofrem o drama da falta de água durante semanas.  Em nota, a CAB explica que a água que chega à região do Santa Isabel é tratada na Estação São Sebastião e encaminhada pela Linha Novo Terceiro. Esta linha sofreu alguns rompimentos em fevereiro, o último registrado foi causado pela empreiteira Métrica, a serviço da Secopa, prejudicando também outras localidades próximas. 
 
A concessionária diz ainda que o abastecimento dos bairros no entorno da Arena Pantanal e trincheira Verdão/Santa Isabel tem sido fortemente impactado em função dos constantes rompimentos da rede de água por empreiteiras que prestam serviços nessas obras, sejam elas de infraestrutura da arena ou da trincheira, ou de prestação de serviços, como instalação de rede de telefonia e energia.  
 
Quem sofre na pele por conta disso é o comerciante Francisco de Oliveira. Ele reclama que falta água na região, e da alta despesa que está tendo para abastecer o local. “Precisei comprar um depósito extra para o restaurante para dar suporte nos banheiros, e por causa disso preciso todos os dias carregar 10 galões de água com 200 litros cada. E ainda utilizo uma bomba para levar a água para as caixas que ficam no alto. Tudo isso custa dinheiro e tempo, pois passo boa parte da manhã trazendo a água e ainda aumentou em R$ 100 minha energia”, destaca Francisco de Oliveira.
 
O microempresário ainda se lembra das várias reclamações que já registrou na CAB e até com o presidente do bairro, mas nenhuma resposta obteve.  “Nunca sabem quando a água vai retornar, se pedimos o caminhão-pipa é necessário esperar muito, pois a fila de pessoas com o mesmo problema é enorme. Nem mesmo quando vão fazer um conserto na rede, a empresa nos avisa com antecedência, simplesmente nos deixa sem água”, diz ele.
 
Ainda na região do bairro Santa Isabel moradores expõem a dificuldade de ter que racionar a água todos os dias, e que a situação já chegou a ficar precária a ponto de passarem até cinco dias com as torneiras secas. Entre as pessoas que passam por essa situação está a diarista Vanda Teodoro, 38 anos, que além de instalar mais caixas d’água em casa, ainda precisa dividir os custos de um caminhão-pipa quando a água demora a chegar.
 
“E não adianta reclamar, pois a resposta é sempre a mesma: a troca de canos quebrados por causa das obras da Copa. E, para piorar, nem caminhão-pipa eles liberam, alegando que esse serviço é apenas para hospitais e escolas. Mas para não ficarmos totalmente sem água, divido com mais quatro vizinhos um viagem de caminhão-pipa, o que dá uma média de R$ 30 para cada um e só dura um dia”, diz Vanda.
 

Redação

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