“Que liberação foi essa? O viaduto não tem sinalização, as ruas do entorno menos ainda. Ali naquela rua – disse apontando para a via a 50 metros do próprio comercio -, aconteceram dois acidentes e eles simplesmente ‘fecharam’ a rua com um monte de terra e uma fita esticada” contou indignado Guilherme Bianchin, dono de uma loja de produtos agropecuários defronte ao viaduto.
Segundo ele, enquanto as pistas estão cheias de blocos de concreto, que segundo o empresário causam acidentes de dia, por não haver redutores de velocidade e a noite por falta de iluminação dos blocos. A velocidade com que os motoristas passam com os veículos também preocupa os pedestres por conta do alto risco de atropelamentos.
“Ao lado da loja tem um restaurante, as pessoas, em especial as idosas, quando estão no mercado vem almoçar aqui e se arriscam para cruzar a rua, a ocorrência de um acidente trágico aqui é iminente”, comentou Guilherme Bianchin.
Obra
Cliente da agropecuária, Fernandes Panassolo, mora na região, passa quase todos os dias pela obra e reclama da falta de atenção aos bairros que estariam em capoeira.
“Se eu não limpo o meu terreno a prefeitura vem e me multa, mas quando o poder publico não faz, nada acontece. Nunca vi fazer obra como se faz em Cuiabá, tudo feito de forma rápida e mal executada. Liberaram o viaduto na sexta-feira e ontem já estavam arrumando. Como liberaram a obra assim?”, questiona Fernandes Panassolo.
Táxi
Outro imbróglio causado pela obra é o acesso ao mercado, posto de combustível e ponto de táxi, para chegar até esses é preciso passar embaixo do viaduto passar por buracos, enfrentar o barro e ainda “raspar” o carro no meio fio, para acessar a pista que na verdade é o pátio do posto.
O ponto de táxi Posto 58 “Atacadão/Tijucal” pode ficar sem acesso. Acontece que de acordo com Jorges Soares, o engenheiro responsável pela obra teria chamado os profissionais para conversar e informar que não poderiam mais chegar ao ponto de táxi por debaixo do viaduto.
Isso porque o trajeto seria um canteiro de obras. Alegando a impossibilidade de acessar o local de outra forma os trabalhadores continuam usando o caminho, mas contra a vontade do engenheiro “ele deixou bem claro que não concorda e que pode nos impedir de usar a passagem a qualquer momento” lamentou Jorge Soares.
Outro problema para os taxistas são o desmatamento e as pedras da calçada do ponto que foram colocadas pelos próprios trabalhadores, bem como as árvores arrancadas. De acordo com Jorge, antes de retirarem as pedras havia um compromisso de recolocação dessas por parte da Secopa, agora inauguraram a obra com tudo destruído ao redor, e as pedras ainda aguardam serem recolocadas.