As obras de implantação do Ônibus de Transporte Rápido (BRT) estão em andamento em Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana. Por outro lado, as mudanças no trânsito vem gerando dúvidas na população sobre o percurso do novo transporte público.
A reportagem fez um levantamento junto à Secretaria de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso (Sinfra) para saber como funcionará o trajeto.
Serão implantados dois corredores do BRT. No primeiro, o ônibus sairá do Terminal André Maggi em Várzea Grande, percorrendo as Avenidas Filinto Muller, João Ponce de Arruda, Avenida da FEB, Tenente-Coronel Duarte e Historiador Rubens de Mendonça, até o Terminal do Coxipó.
Já no segundo corredor, o BRT sairá do Terminal do Coxipó e percorrerá as Avenidas Fernando Corrêa e Coronel Escolástico, até o Centro de Cuiabá.
O corredor entre Várzea Grande e o CPA contará com três linhas:
- Uma linha que para em todas as estações do trajeto, seja na ida ou na volta
- Uma linha expressa, que sai do Terminal André Maggi e para somente no Porto de Cuiabá
- Outra linha expressa que sai do Terminal do CPA até o Centro de Cuiabá, parando apenas no Shopping Pantanal
Já o corredor entre Coxipó e Centro de Cuiabá terá duas linhas:
- Uma linha que para em todas as estações do caminho.
- Uma linha expressa, que para apenas na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
Ao chegarem no Centro da capital, as linhas expressas dos dois corredores sobem a Avenida Getúlio Vargas, fazem o contorno na praça do Chopão e descem a Avenida Isaac Póvoas, antes de retornarem para sua origem.
De acordo com o projeto, a Avenida da Feb continuará com duas pistas em cada sentido após o fim dos trabalhos.
As obras de implantação do BRT começaram no dia 21 de abril. Conforme o cronograma da Sinfra, a previsão é que o projeto em Várzea Grande seja finalizado no fim do primeiro semestre de 2024. Ainda não se sabe sobre as datas do início das obras em Cuiabá e quando o modal começará a funcionar.
VLT x BRT
O VLT foi projetado para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil e foi marcado pela corrupção e entraves judiciais. A obra paralisada possui 22 quilômetros de extensão entre Cuiabá e Várzea Grande.
Em dezembro de 2014, as obras foram interrompidas. Em 2018, o governo do estado rompeu o contrato com o consórcio VLT e, depois, decidiu substituir o modal pelo BRT. Já em dezembro do ano passado, o governo começou a retirar as estruturas que serviriam de suporte para o VLT em Várzea Grande.
As obras do projeto, que deveria ter ficado pronto oito anos atrás, já custou mais de R$ 1 bilhão.