Cidades

Brigadistas se arriscam no combate às queimadas urbanas em Cuiabá

Composta por quatro bombeiros civis, a equipe de combate aos incêndios da Defesa Civil de Cuiabá tem se desdobrado para atender a uma média de seis a oito chamados de queimada urbana, durante este período de estiagem que começou em julho. Em queimadas de grandes proporções, como a que ocorreu nesta semana na rodovia Helder Cândia (MT-010), também conhecida como Estradada Guia, a equipe levou o dia inteiro em um único combate. 

“É com muita dificuldade que nós estamos enfrentando todo esse período de queimada neste ano de 2020, que começou até mais cedo o período de estiagem. Quem vive em Cuiabá deve estar acompanhando que a cidade está debaixo de uma cortina de fumaça devido a essas ocorrências nos últimos dias. A dificuldade é grande. A nossa viatura fica um pouco longe e a gente precisa voltar pra reabastecer a bomba costal que faz o resfriamento de onde o fogo está sendo combatido, juntamente com o abafador e a novidade que é o assoprador, que é de muita eficácia pra esse tipo de vegetação. A gente aproveita para apagar o foco e também fazer um mini aceiro. E conforme a gente volta pra viatura para reabastecer, a gente vai olhando por onde a gente já passou com os equipamentos pra ver se o fogo não vai voltar”, relata o bombeiro civil Kleuber Pereira de Moura, que tem 10 anos de experiência no combate ao fogo. 

Juntamente com os colegas Alex Cleiton Botelho, que também tem 10 anos de experiência e Jonathan Adrian e José Carlos Sena (ambos com 4 anos como bombeiros civis), Moura ajuda a proteger a vida e a propriedade das pessoas que moram perto dos locais atingidos pelas chamas. 

Na última quarta-feira (12), eles impediram que as chamas atingissem a casa de um chacareiro que mora na região do Sucuri, próximo ao rodoanel e a Estrada da Guia. “Eu estava no aceiro quando o fogo pegou ali no condomínio da igreja, aí passou o muro e depois passou aqui pro nosso lado da estrada. Vazou o aceiro de 12 metros, pegou na chácara do dr Alonso, veio queimando tudo!”, disse o sitiante, senhor Agildo. 

Sobre o fato do fogo ter ultrapassado um aceiro de 12 metros, o agente da Defesa Civil municipal Kleuber de Moura alerta: “Pra vocês terem noção, está ventando muito em Cuiabá e realmente o fogo pula o aceiro, mas graças a Deus chegamos a tempo aqui pra dar o socorro ao senhor que começou o primeiro combate”.

Há cerca de dois meses e meio não chove em Cuiabá. E o diretor da Defesa Civil municipal, José Pedro Ferraz Zanetti, alerta que a situação pode piorar pois a estiagem mais crítica ocorre no início de setembro. Segundo ele, a falta de conscientização das pessoas que ateiam fogo, o calor, o tempo seco e o vento são fatores podem levar a desastres ambientais. Zanetti também destaca que nesta época de seca, qualquer fagulha pode ser levada pelo vento para outra localidade e se tornar uma queimada novamente. Por isso, pede a conscientização das pessoas para que não joguem bitucas de cigarro, não queimem lixo, não ateiem fogo em terrenos baldios e cuidem de sua saúde para evitar problemas respiratórios, que agora se agravam pelo tempo seco e pela pandemia de Covid-19.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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