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Brasileiros inscritos no Mais Médicos começam a atuar nos municípios

 
Segundo o Ministério da Saúde, 1.096 médicos com diplomas do Brasil iniciam suas atividades em 454 municípios de todo o país. Eles devem trabalhar em unidades básicas de saúde do interior dos estados e em periferias de grandes cidades. Ao todo, 3.511 cidades haviam solicitado 15.450 profissionais.
 
A pasta anunciou eventos de recepção para os médicos brasileiros em seis capitais para a manhã desta segunda-feira: Porto Alegre, Rio de Janeiro, Manaus, Recife, Belo Horizonte e Fortaleza.
 
Os médicos formados no exterior selecionados para o Mais Médicos – que atualmente estão em fase de treinamento e avaliação – devem começar a trabalhar no dia 18 de setembro.
 
Estrangeiros
 
No dia 26 de agosto começou o o módulo de "acolhimento e avaliação" dos profissionais estrangeiros e brasileiros formados no exterior inscritos no programa. Estão participando 244 formados no exterior, além de cerca de 400 cubanos que vieram ao Brasil por um convênio com o governo de Cuba.
 
Durante três semanas, os médicos têm seus conhecimentos em saúde pública brasileira e língua portuguesa avaliados. A aprovação nesta etapa é condição para que recebam o registro profissional provisório e comecem a atender a população nos municípios para os quais foram designados.
 
A vinda de estrangeiros foi criticada por parte da classe médica no país. A Associação Médica Brasileira (AMB) entrou com ações no Supremo Tribunal Federal para pedir a suspensão da medida provisória que criou o programa.
 
Parte dos profissionais foi recebida com hostilidade na chagada ao Brasil.
 
Observando algumas reações de entidades locais nos estados, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, advertiu que os dirigentes dos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) que se negarem a conceder registro profissional a profissionais estrangeiros contratados pelo programa Mais Médicos podem ser processados por improbidade administrativa.
 
O programa
 
O programa foi instituído por meio de medida provisória assinada pela presidente Dilma Rousseff, e regulamentado por portaria conjunta dos Ministérios da Saúde e da Educação.
A medida provisória também instituiu a abertura de 11.447 vagas em faculdades de medicina até 2017 e, a partir de 2015, aumentou em dois anos a grade curricular das faculdades públicas e particulares de medicina, com formação voltada à atenção básica (1º ano) e setores de urgência e emergência (2º ano).

Redação

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