A mochila é fruto de uma inspiração do administrador Hugo Dourado, cofundador e CEO da Movpak, que divide a empresa com outras três pessoas: os engenheiros elétricos Felipe Araújo e Daniel Reis, e o publicitário Ivo Machado. Ele se impressionou ao ver um gigantesco estacionamento de bicicletas quando viajava de trem entre a Bélgica e a Holanda, mas naquele momento percebeu que nem a magrela atende a pessoa completamente.
"Ela não funciona tanto, porque fica estacionada enquanto as pessoas continuam o restante do caminho a pé", disse ele ao Olhar Digital. "E na Holanda os apartamentos são muito pequenos, então as pessoas não sobem com as bicicletas, elas ficam amarradas nos postes pela cidade toda. Já a mochila sobe nas costas."
A lógica serve para cidades brasileiras, por isso o produto será vendido mundialmente. "Não dá para exportar só samba e futebol, o Brasil precisa exportar tecnologia também", comentou. Em São Paulo, por exemplo, metrô e trem só aceitam passageiros com bicicletas à noite e nos fins de semana. No ônibus? Nem pensar.
A ideia é que a Movpak ajude a diminuir a quantidade de carros nas ruas, impedindo que as pessoas os usem para ir a lugares próximos como a padaria ou o mercado da esquina. Ela também serve para levar de casa ao ponto de ônibus ou à estação de metrô, o que Dourado não vê como um extímulo ao sedentarismo.
A mochila pesa 7,7 kg e sua bateria recarrega em duas horas, bastando ligá-la a uma tomada comum; enquanto isso, também alimenta tablet e smartphone através de uma entrada USB. Ela vem com capa de chuva e sua parte exterior pode ser trocada, assim, se o tecido rasgar, o usuário pode colocar outro. E Dourado garante que a parte skate da invenção suporta asfaltos ruins e até pedras portuguesas.
No próximo dia 2 de setembro, a empresa colocará a Movpak no Kickstarter para tentar levantar US$ 100 mil e começar a produção. Os primeiros a encomendar levarão o produto por US$ 999, mas esse preço subirá um pouco quando a campanha de financiamento terminar. As entregas devem começar no meio do ano que vem.
Olhar Digital