Internacional

Brasileira é primeira ativista do Greenpeace a deixar a prisão na Rússia

Ela é primeira ativista do Greenpeace a deixar a prisão, após a Justiça russa autorizar a liberação de 17 ambientalistas.
 
Maciel estava no grupo de 30 ativistas que foram presos no início de setembro após o barco Arctic Sunrise interceptar uma plataforma de petróleo da estatal russa Gazprom, no mar Ártico, em 18 de setembro. A embarcação foi apreendida e os militantes eram mantidos em prisão preventiva há quase dois meses.
 
A informação foi confirmada pelo Greenpeace, com uma foto da ativista em sua conta no microblog Twitter. Sorridente, a brasileira carregava um cartaz, com a expressão "Salve o Ártico", motivo pelo qual a ativista foi presa em setembro.
 
Mais cedo, a Justiça russa autorizou a libertação de outros cinco ativistas, desde que estes paguem a fiança de 2 milhões de rublos, estipulada para todos os que já foram liberados. Até o momento, apenas o australiano Colin Russell teve a prisão prolongada e deverá ficar na cadeia até 24 de fevereiro.
 
CHANCELER
 
A liberação de Ana Paula acontece em meio à visita do ministro das Relações Exteriores brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, onde se reuniu mais cedo com seu colega russo, Sergei Lavrov. À Folha, ele contou que a fiança será paga pelo Greenpeace.
 
"Em jantar com o ministro de Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, fui informado por ele, com todas as letras, de que as autoridades russas se sensibilizaram. A presidente Dilma fez toda uma argumentação em favor da Ana Paula Maciel, e a embaixada assinou uma carta de garantia de que ela não sairia do país", afirmou o chanceler.
 
Figueiredo não conversou com Ana Paula. Ele está em Moscou para compromissos oficiais, e o caso da libertação era um dos itens da pauta bilateral. "Gostaria muito de conversar com ela. Não sei se será possível", disse o ministro.
 
Após conversar por telefone com Figueiredo, Dilma Rousseff comentou o caso no Twitter. "Fiquei feliz com a notícia de que a bióloga brasileira Ana Paula Maciel possa, mediante fiança, responder em liberdade ao seu processo na Justiça da Rússia."
 
A família da ativista, que vive em Porto Alegre, aguarda seu contato e não tem informações sobre o tipo de regime a que a brasileira ficará submetida agora. "Ela não iria sair logo que acabasse a audiência", disse sua mãe, Rosângela Maciel.
 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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