Cidades

Brasil segue sem casos suspeitos de ebola, segundo ministro da Saúde

 
Chioro afirmou ainda que o Ministério da Saúde está "seguindo muito rigorosamente" todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e que a pasta reforçou junto às secretarias estaduais e municipais da saúde a necessidade de estar em alerta para a possibilidade de casos da infecção.
 
Suspeitas não confirmadas
Nesta segunda-feira, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, afirmou que já houve casos de pacientes que vieram da África com sintomas variados e que foram encaminhados para serviços de referência para verificar o risco de ser ebola.Tem casos de pessoas que vêm de países onde nem tem ebola e os sintomas nem são parecidos, diz Barbosa. Para ele, isso mostra que os profissionais e o sistema de saúde em geral estão muito sensíveis para identificar esses casos. 
 
Isso é bom, desde que não se caia no exagero de não observar de onde a pessoa veio, o que pode sobrecarregar os serviços de referência.Nenhum dos casos apresentados até o momento no país preencheu os requisitos para ser considerado suspeito de ebola. Um era malária e o outro era infecção urinária. Como a pessoa tinha vindo da África, pensaram que poderia ser ebola. Mas no hospital de referência, essa possibilidade é descartada.
 
Probabilidade baixa
A probabilidade de o ebola chegar ao Brasil é muito baixa, de acordo com Barbosa.O ebola não se transmite pelo ar, diferentemente de outros vírus. Só transmite se a pessoa tiver contato direto com sangue ou fluidos corporais de pessoas doentes, diz. Outra característica que dificulta a propagação da doença para outros continentes é que o paciente tem mais probabilidade de transmitir a doença quando aparecem os sintomas.
 
Todo caso de ebola é grave, não tem casos com sintomas leves ou assintomáticos, diz o secretário. Dessa forma, é mais fácil identificar o paciente que pode transmitir o vírus. Além disso, pacientes nesse estado provavelmente não conseguiriam fazer uma viagem internacional.
 
Voos
Barbosa observa que não há voos diretos dos países afetados Serra Leoa, República da Guiné e Libéria para o Brasil. Mas caso um passageiro apresente sintomas durante um voo, a equipe de bordo deve seguir as regras determinadas pela Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata).
 
Entre outras medidas, a tripulação deve contatar o aeroporto de destino, onde uma equipe de vigilância sanitária deverá avaliar o paciente e encaminhá-lo para um serviço de referência, se necessário. Até o momento, a OMS não fez restrições a voos nem orientou o fechamento de fronteiras por causa da epidemia.
 
Detecção
Segundo Barbosa, como os sintomas do ebola são sempre graves, a doença é de fácil detecção.O ebola, junto com outras febres hemorrágicas, é de notificação compulsória e imediata. O profissional da saúde que atendeu um paciente e que suspeite de ebola deve comunicar a secretaria municipal ou estadual da Saúde, ou Ministério da Saúde.
 
Ele afirma que os serviços de referência brasileiros estão preparados para lidar com casos da infecção.A doença é gravíssima, mas tem outras doenças que precisam de isolamento até maior. Os procedimentos adequados são conhecidos. Em casos suspeitos, os profissionais dos hospitais de referência sabem como proceder.
 
G1

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Cidades

Fifa confirma e Valcke não vem ao Brasil no dia 12

 Na visita, Valcke iria a três estádios da Copa: Arena Pernambuco, na segunda-feira, Estádio Nacional Mané Garrincha, na terça, e
Cidades

Brasileiros usam 15 bi de sacolas plásticas por ano

Dar uma destinação adequada a essas sacolas e incentivar o uso das chamadas ecobags tem sido prioridade em muitos países.