O número de casos confirmados de microcefalia no Brasil chegou a 1.046. Ao todo, foram 6.906 notificações desde o início das investigações, em 22 de outubro, até 2 de abril. Segundo a pasta, 1.814 casos foram descartados e outros 4.046 casos ainda estão sendo investigados.
Os dados são do boletim divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (5). Dos casos confirmados de microcefalia, 170 tiveram teste positivo para o vírus da zika.
Em uma semana, desde a divulgação do último boletim, foram 130 novas notificações, 102 casos confirmados e 273 casos descartados.
Estados
O estado com maior número de casos confirmados ainda é Pernambuco, com 303 casos, seguido da Bahia, com 194, e do Rio Grande do Norte, com 83.
Desde 22 de outubro, houve 227 notificações de mortes por microcefalia ou outras alterações no sistema nervoso central durante a gestação ou após o parto. Deste total, 51 óbitos foram confirmados para microcefalia e alterações do sistema nervoso central, 28 foram descartados e 148 continuam sob investigação.
Estudo na Paraíba
O Ministério da Saúde anunciou também a conclusão da primeira etapa de um estudo feito na Paraíba em parceria com os Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos que está analisando um grupo de mães que tiveram bebês com microcefalia em comparação a um grupo de mães que tiveram bebês saudáveis.
Trata-se de um estudo de caso-controle, cujos resultados poderão confirmar de forma mais definitiva a associação do vírus da zika com a microcefalia.
Os resultados preliminares, a partir de entrevistas com essas mães, concluiu que as que tiveram infecção pelo vírus no primeiro trimestre de gravidez tiveram maior probabilidade de terem bebês com microcefalia. Participam do estudo 165 mães com bebês com a malformação e 446 mães com bebês saudáveis da mesma região.
No momento, amostras de sangue coletadas das mães e bebês estão sendo testadas para vários tipos de vírus. Os resultados finais devem ser divulgados ainda neste semestre. “Faz parte deste estudo a investigação de pessoas que não foram acometidas pela microcefalia.
"Somente após o processamento das amostras de sangue coletadas, comparando os casos e os controles, é que poderemos estimar com mais clareza o risco de ser acometido pela doença e a relação do zika com a microcefalia", afirmou o assessor da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Eduardo Hage, em nota divulgada pelo Ministério da Saúde.
Fonte: G1