Segundo o titular da Justiça, não se pode aceitar que as manifestações sejam utilizadas para a prática de atos ilícitos. O ministro disse ainda que cabe às autoridades policiais preservar a segurança dos manifestantes e coibir a violência durante os protestos.
“No que diz respeito à Copa do Mundo, nós estamos preparados para enfrentar situações de manifestações, seja de garantia da liberdade de manifestação, seja para evitar que abusos ocorram”, disse o ministro.
Para Cardozo, é “absolutamente normal” que grupos queiram fazer manifestações nas ruas, mas, segundo o ministro, trabalhos na área de inteligência têm sido feitos para aumentar a segurança durante o período da Copa do Mundo.
“Temos tido constantes manifestações em vias públicas, o que é absolutamente normal, dentro do que a Constituição estabelece […] O que não concordamos e aceitamos é com as manifestações para atos ilícitos, isso não podemos concordar. Cabe às autoridades policias preservar a liberdade das pessoas de se manifestar e também coibir e apurar ilícitos que sejam praticados”, disse.
Projeto no Congresso
Em abril deste ano, o governo federal decidiu aderir a projeto que tramita no Senado sobre as manifestações. Nesta segunda, ao ser questionado sobre o andamento do projeto, José Eduardo Cardozo afirmou esperar que o texto seja votado a tempo de as regras terem validade já para a Copa.
“Se houver entendimento e consenso, acho que sim [o projeto ser votado antes da Copa] […] A nossa ideia é que se houver amplo consenso das forças políticas do Congresso e da sociedade em torno do projeto, sendo um projeto que defenda a manifestação e não a reprima, nos parece que é possível aprovar”, completou.
Segundo Cardozo, o projeto deve garantir o direito da liberdade de manifestação e buscar coibir eventuais abusos que possam ser cometidos, tanto por manifestantes quanto policiais.
Segurança para seleções
Questionado por jornalistas se o governo brasileiro prepara segurança especial para seleções como as dos Estados Unidos e do Irã durante a Copa, Cardozo disse que as equipes contarão com programas de inteligência.
“Cada equipe tem uma segurança, e toda a segurança passa pelo programa de inteligência. Agora, não vou dizer quais seleções, porque isso diz respeito à inteligência. Mas posso dizer que há integração entre a polícia brasileira e as polícias de todos os outros países para garantir uma segurança adequada [às seleções]”, disse.
G1