Sem acordo com o Governo Federal quanto a aprovação de uma tabela de frete mínimo, nesta quinta-feira (23), os caminhoneiros voltaram a realizar paralizações em diversos pontos do país. Em Mato Grosso, no final da manhã, o Centro de Controle Operacional (CCO) da concessionária Rota do Oeste registrou cinco pontos de bloqueio na BR-163.
O primeiro deles, em Lucas do Rio Verde (354 km de Cuiabá), no km 686, é registrado o maior ponto de lentidão, com aproximadamente um quilômetro de fila. Lá, apenas os veículos de passeio e ônibus são autorizados a passar.
Há ainda outros dois pontos, em Rondonópolis (212 km de Cuiabá), nos km 201 e 206 da BR-364 e em Sorriso (420 km de Cuiabá), no km 747 da BR-163. Já em Nova Mutum (268 km de Cuiabá), no km 593 da BR-163, apenas caminhões com cargas não-perecíveis são impedidos de passar pelo bloqueio. Nestes pontos está liberada a passagem de carros de passeio, ambulância, ônibus e carretas com cargas vivas.
De acordo com a assessoria da Rota do Oeste, a concessionária está monitorando todo o trecho sob sua responsabilidade e aconselha aos usuários a evitarem estes locais.
Sem acordo
Em reunião entre a categoria e representantes do governo nesta quarta-feira (22) em Brasília, os caminhoneiros não conseguiram a aprovação de uma tabela de frete mínimo.
Ao ouvirem a posição Do ministro de Transportes, Antônio Carlos Rodrigues e do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, os caminhoneiros abandonaram a reunião, protestando e gritando: “O Brasil vai parar!”.
Eles esperavam que o governo considerasse a autorização de uma tabela de fretes, uma vez que já havia afastado a possibilidade de reduzir o preço do óleo diesel, outra reivindicação dos caminhoneiros, exposta na paralisação de fevereiro.
A tabela de frete mínimo, buscada pelos caminhoneiros, aumentaria em torno de 30% o valor do frete praticado hoje. Eles alegam que esse valor é necessário para cobrir os gastos com o transporte e protegê-los de oscilações do mercado que, segundo eles, costumam repassar a baixa lucratividade no preço do frete.
A tabela sugerida pelo governo seria apenas referencial, ou seja, não teria cumprimento obrigatório.
Com informações da Rota Oeste e Agência Brasil
Atualizada às 13h55min.