O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado estadual Eduardo Botelho (DEM), não gostou dos quase dez vetos feitos pelo governador Mauro Mendes (DEM) às emendas parlamentares à Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021. Segundo ele, no entanto, o Executivo justificou dizendo que houve ‘erros técnicos’ por parte dos deputados. Os vetos devem ser colocados para apreciação em plenário ainda em fevereiro.
“Eu tive uma reunião com o governador, o secretário de finanças da Casa Civil, porque ele veio me comunicar dos vetos e dizer que na verdade foi vetado porque foi feito de forma errada aqui dentro da Assembleia. Que a Assembleia tirou recursos de local que não tinha, local que não podia zerar o recurso foi zerado através dessas emendas. Eu não tenho esse conhecimento, nós vamos discutir com a equipe técnica nossa aqui para ver se realmente aconteceu isso, e depois colocar para a apreciação do plenário”, explicou Botelho na manhã desta sexta-feira (29).
A LOA 2021 foi sancionada, com os vetos, e publicada no Diário Oficial do Estado na última quinta-feira (28). Apesar de ter conversado com Mauro, Botelho afirmou que não ficou contente com o resultado.
“Eu acho assim, o veto não foi bom. Porque praticamente tudo foi negociado aqui com as comissões, com a secretaria, agora vamos ver qual é a justificativa, se houve realmente esse erro ou não. Porque na verdade as mudanças que foi feita aqui foram muito pouco, foi uma emenda do Wilson Santos de R$ 2 milhões para construir a Unemat, foi uma emenda para a AGER, destinado para a AGER, são emendas pequenas que houve alteração, então realmente nós temos que discutir aqui para ver e houve erro técnico, e se não houve eu acho que tem que ser derrubado”, declarou.
O governador vetou nove emendas parlamentares que haviam sido aprovadas pelo plenário da Assembleia Legislativa. Dentre elas, estão uma emenda de Wilson Santos (PSDB), que alocava R$ 2 milhões para a construção do campus da Unemat em Cuiabá, e uma de Lúdio Cabral (PT), que direcionava R$ 5 milhões para a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Ambas as emendas transferiam dinheiro da comunicação do Governo.