A oitiva de delegados da Defaz (Delegacia Especializada de Crimes Fazendários) na Assembleia Legislativa deve ficar para 2020. O presidente da Casa, Eduardo Botelho (DEM), disse, nesta terça-feira (10), não ter espaço na agenda para encaixar o depoimento dos investigadores.
“Alguns deputados estão nos cobrando [para marcar a vinda dos delegados], mas pensem o seguinte: nós estamos com tanta coisa para discutir, eu não vejo espaço para ouvir delegados neste momento”.
Três investigadores deve ser convidados. O diretor-geral da PJC (Polícia Judiciária Civil), Mário Dermival Aravechia de Resende, e Anderson Veiga e Lindomar Tofoli citados como servidores que supostamente sofreram pressão para direcionar investigação da Defaz.
O colégio de líderes se reuniu na tarde hoje para tratar de alguns assuntos nesta reta final do ano, incluindo a denúncia do prefeito Emanuel Pinheiro sobre o suposto uso político da Defaz na investigação do caso sobre a compra de votos na Câmara de Cuiabá.
Conforme o Botelho, a pauta do Legislativo está cheia por causa de projetos enviados de última hora pelo governo do Estado. Hoje, foi entregue a proposta aprovada ontem (9) pelo conselho do MTPrev que aumenta a alíquota de contribuição de 11 para 14%.
Também entrar na Casa um substitutivo para a LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2020, anulando as mais de 300 emendas acrescentadas pelos deputados. Até a semana passada, Botelho não contava com o envio de um novo da LOA.
“Acabou de chegar o projeto da alíquota da previdência, conversamos com o Fórum Sindical de que vamos fazer audiência pública para discutir o aumento, e o governo já disse que irá mandar um substitutivo da LOA, isso quer dizer que a mais de 300 emendas que estavam no texto original agora não valem mais nada”.
Assembleia também deverá votar as contas do último ano de governo de Pedro Taques. A relatora das contas, deputada Janaína Riva (MDB), diz que o parecer deve ser apresentado amanhã à Comissão de Fiscalização.
Botelho diz que o recesso de fim de ano deverá ser suspenso.po