Presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (União), cobrou a Comissão de Ética a conclusão da análise da denúncia contra o deputado estadual Gilberto Cattani (PL). Ele é acusado de quebra de decoro ao comparar mulheres com vacas.
Documento foi encaminhado à deputada estadual Janaina Riva, presidente da comissão, solicitando o andamento do processo, que tinha um prazo de 30 dias para sua conclusão.
“Na ocasião em que cumprimento Vossa Excelência, venho por meio deste, solicitar o andamento do processo disciplinar do deputado estadual Gilberto Cattani que ora tramita nesta Comissão, conforme disposto no Ato nº 033/2023/SPMD/MD/ALMT que determina prazo de 30 (trinta) dias para apreciação e manifestação conclusiva da matéria”, diz trecho do ofício protocolado na segunda-feira (31).
Botelho quer que o processo seja analisado e devolvido para a presidência, para poder ser colocado em votação no plenário. “Eles têm que devolver para presidência, ou ao menos pedir uma prorrogação de prazo. Não me deram essa resposta ainda e eu quero uma resposta”, completa.
Denúncia foi protocolada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seccional Mato Grosso e Defensoria Pública do Estado, após discurso do deputado na frente parlamentar de combate ao aborto “Pró-Vida”, em maio. Na ocasião, defendeu a versão de que a vida existia desde o primeiro instante da gestação. Como exemplo desse raciocínio, ele comparou a gravidez de mulheres a de vacas.
Após isso, o deputado gravou um vídeo com a esposa mugindo, e, depois, fez outro vídeo ironizando sua declaração, ao pedir desculpas para as vacas pela comparação com "mulheres feministas".
Apesar da cobrança de Botelho, a tendência é que o caso termine de maneira branda.
Membros da comissão já adiantaram os seus votos, dizendo que não existe motivo para cassação e sim para uma punição "pedagógica".