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Bombeiros alertam para riscos de acidentes com fogos de artifício

Foto: Reprodução

Comidas típicas, danças, quadrilha, animação e fogos de artifícios não faltam em uma boa festa Junina, Julina e Agostinha, porém o maior risco tem sido o uso e manuseio de fogos de artifício que todos os anos, faz com que a festa termine mais cedo para algumas pessoas devido às faltas de cuidados com os fogos.

O capitão do Corpo de Bombeiros, Donato de Almeida, da Diretoria de Segurança  contra Incêndio da instituição, explicou  ao Circuito Mato Grosso, os cuidados que deve ter ao fazer uso de fogos de artifício e o trabalho dos bombeiros na fiscalização das lojas que comercializam o artefato.

Incialmente, o oficial disse que a primeira coisa que o usuário deve prestar a atenção quando for comprar fogos de artifício, é comprar em casas que possuem alvará do Corpo de Bombeiros para o funcionamento. Essas lojas são vistoriadas e possuem segurança tanto no material, quanto nas regras de funcionamento.

“Essas lojas tem o alvará colocado em local visível com a aprovação dos bombeiros, podem ter no máximo 100 metro quadrados e possuem uma distância mínima de igrejas, escolas e locais que possam ter muita aglomeração de pessoas, pois em caso de incêndio ou acidente, o menor número de pessoas sofra com as consequências”, disse o capitão.

Já para a liberação de alvará para festas que terão shows pirotécnicos o bombeiro alerta que toda a área do evento é vistoriada e o organizador do evento, deve contratar um Bláster (profissional que atua em atividades de transporte, armazenagem e manuseio de explosivos, visando atender técnicas de trabalho e segurança e habilitação em aspectos da legislação em vigor), e só assim é liberado o alvará para realização do evento.

A fiscalização nessa época do ano aumenta nas casas especializadas em fogos e também em dezembro, onde o número de vendas nestes estabelecimentos aumenta. No quesito segurança, ele alerta que não soltem fogos próximos a árvores, locais fechados, perto de fiação elétrica e evite soltar com ele na mão, o indicado é seguir as orientações que vem na caixa do fabricante.

Outro alerta que o capitão Donato faz, é em relação a reutilização de algum artefato que falhou. “A maioria dos casos com acidente, é quando a pessoa tenta reacender o foguete depois do produto ter falhado. Esse material que falhou, deve ser jogado água em cima dele e imediatamente descartado”, alertou ele.

Apesar de crianças menores de 18 anos poderem comprar fogos da categoria A, o militar faz uma ressalva, que mesmo nestes casos, é indicado sempre um adulto por perto para manusear o produto. Os fogos são divididos em quatro categorias que vão de A até a D, onde a última, somente maiores de 18 anos podem comprar e manusear.

Em caso de acidente é indicado que a pessoa lave o local com água corrente e se caso haja hemorragia ou sangramento, é indicado que leve ao hospital mais próximo para avaliação médica e tratamento do ferimento e para finalizar ele frisa, que jamais e em hipótese alguma, faça o manuseio sob efeito de bebida alcóolica.

Vendas aumentam

A empresária Lucena Scolaro, proprietária da Mundial Fogos que está há 12 anos no mercado, disse ao Circuito Mato Grosso, que essa época do ano, é o segundo período de maior venda de fogos no mercado, ficando apenas atrás do réveillon. Ela informa que as vendas chegam a aumentar de 60% a 70%.

O principal fator para ela, é a segurança e a loja não vende fogos para crianças. “Sempre que nos procuram, mesmo que seja para comprar aqueles “tracks” que são para crianças mesmo, elas costumam vir acompanhadas dos pais ou responsáveis, ai é feita a venda”, diz a empresária.

Todo cliente que realiza a compra na loja é orientado sobre o uso e manuseio, porém ela alega que muitos na hora do entusiasmo e festa, acabam não obedecendo as regras e instruções e é onde geralmente ocorre o acidente.

“A gente fica sabendo de casos que pessoas machucam a mão, ou ocorre disparo acidental causando acidente. É sempre passada a orientação, mas infelizmente as pessoas não ouvem ou seguem as próprias instruções que vem na caixa e é ai, onde a tragédia ocorre”, finaliza ela.  

Jefferson Oliveira

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