Bolsonaro, que busca a reeleição, comentou pautas caras a suas bases eleitorais. "Outros valores fundamentais para a sociedade brasileira, com reflexo na pauta dos direitos humanos, são a defesa da família, do direito à vida desde a concepção, à legítima defesa e o repúdio à ideologia de gênero", destacou.
Na sequência, citou as manifestações do 7 de Setembro. "Foi a maior demonstração cívica da história do nosso país, um povo que acredita em Deus, pátria, família e liberdade", afirmou.
Agenda
Durante sua passagem pelos Estados Unidos, Bolsonaro não se encontrará com líderes de grandes potências mundiais. Como o R7 mostrou, o chefe do Executivo terá encontros bilaterais com os presidentes do Equador, da Guatemala, Polônia e Sérvia, Guilherme Lasso, Alejandro Giammattei, Andrzej Duda e Aleksandar Vučić, respectivamente.
O líder brasileiro se encontrará, ainda, com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, acompanha o presidente na viagem aos Estados Unidos. No país, terá encontros com representantes das seguintes nações: Bahrein, Belarus, Camboja, El Salvador, Emirados Árabes Unidos, Guiana, Guiné-Bissau, Indonésia, Irã, Japão, Rússia, Senegal, Suriname e Turquia, além de com o secretário-geral da Liga dos Estados Árabes.
O secretário de assuntos multilaterais políticos do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Paulino de Carvalho Neto, informou que Bolsonaro deverá tratar com outros chefes de Estado a reforma no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
No último mês de julho, o Brasil ocupou a presidência do grupo, e foi a 11ª passagem do país pelo órgão desde sua criação, em 1945. Um dos pleitos é justamente o assento permanente — a reivindicação brasileira se arrasta há anos e a negociação teve pouco avanço.
"Defendemos que é uma necessidade de o conselho ser o mais representativo do mundo de hoje, para que possa ser mais legítimo e que sua atuação e respostas tenham caráter mais eficaz", argumentou Paulino. O embaixador, contudo, reconhece as dificuldades. "É um processo muito lento, com pouquíssimos avanços, e não há perspectiva de que possa ser resolvido em curto prazo."