Cidades

Bolsista passa em 7 universidades para medicina:’Não tem segredo

Foram sete aprovações em vestibulares de medicina em pouco mais de três meses. A cada lista divulgada, um grito de alívio e de alegria. Conquistas que para Alisson Belini, de Iporã, no noroeste do Paraná, de 18 anos, são resultados surpreendentes e reflexos de um ano puxado, dedicado apenas para os estudos. “É uma sensação maravilhosa passar em tantas universidades. Quando vi o meu nome nas listas da UEM [Universidade Estadual de Maringá] e da UFPR [Universidade Federal do Paraná] não acreditei. Demorou um bom tempo para cair a ficha”, diz o estudante.

(Correção: ao ser publicada, esta reportagem errou ao informar que o estudante passou em nove vestibulares. Na verdade, foram sete. O erro foi corrigido às 7h46.)

Além da aprovação na UEM e na UFPR, Alisson ainda tem como opções as faculdades Pequeno Príncipe, Evangélica, Universidade Positivo,  em Curitiba, a Faculdade Assis Gurgacz (FAG), em Cascavel, e a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Em todas essas instituições de ensino, a concorrência para o curso de medicina era superior a 30 candidatos por vaga. O estudante ainda espera o resultado de outras duas universidades federais.

Um garoto diferenciado e que desde pequeno era destaque na escola, tanto pelas notas altas quanto pelo perfil extrovertido, disposto a ajudar os colegas. O pai de Alisson, Nelson Belini, não esconde a felicidade de ver o filho conquistando desafios que pareciam impossíveis, quase inimagináveis.

"Nós já sabíamos do potencial dele. Desde pequeno sempre foi muito inteligente, ficava entre os melhores da escola e não era um cara de deixar as coisas acontecerem. O Alisson corre atrás dos objetivos que ele quer conquistar”, conta o pai orgulhoso.

Filho de funcionários públicos municipais, Alisson concluiu o ensino fundamental em uma escola pública de Iporã e o ensino médio em um colégio particular de Umuarama. Como os pais não tinham dinheiro para pagar as mensalidades, o calouro de medicina participou de um processo seletivo em que a escola deu cinco bolsas de estudos para os melhores colocados.

“Nunca pensei em desistir da bolsa, mesmo o colégio sendo em outra cidade. Nos dois primeiros anos, eu pegava um ônibus às 5h da manhã e voltava para casa perto das 14h. No terceiro ano me mudei para Umuarama e decidi que era hora de me dedicar ao vestibular”, lembra.

Planejamento de estudos
Mesmo com aulas de manhã e tarde, a aprovação não veio em 2013. Assim que terminou o período de férias, Alisson já estava com um plano de estudos montado. Detalhou erros e matérias com mais dificuldade e ainda determinou quantas horas teria que disponibilizar somente para os estudos.

“Eu ia para a aula de manhã, almoçava e participava de aulas específicas no cursinho à tarde. Fazia um intervalo e a noite estudava até as 23h”, detalha o estudante. “Foi uma rotina exaustiva. Deixei de fazer muita coisa, inclusive ir para a casa dos meus pais aos fins de semana. No entanto, sabia que tinha que estudar muito para conquistar uma vaga. Com isso na cabeça não tive tempo para desanimar”, acrescenta.

Depois de tanta dedicação, o garoto é firme ao afirmar que a aprovação só vem quando se tem foco e objetivos. “A pessoa que quer passar precisa prestar atenção na aula, absorver o máximo do conhecimento que o professor passou e nunca se apegar a teorias. Teoria às vezes atrapalha. O mais importante em provas de vestibulares são os exercícios, então quanto mais exercício fizer por dia, mais vai entender a matéria. Não tem segredo. A aprovação só vem com muito estudo”, argumenta Alisson Belini.

Diante de tantas possibilidades, Alisson vai fazer a matrícula na Universidade Estadual de Maringá(UEM), onde ficou em 13° lugar. “Maringá fica mais perto de Iporã. Eu posso morar com a minha avó e ainda fico perto da namorada que faz engenharia química na UEM”, diz o estudante. “Claro que também pesquisei sobre os conceitos dos cursos, e a UEM é a melhor conceituada”, brinca Belini.

Fonte: G1

Redação

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