As bolsas de Nova York fecharam em forte queda nesta sexta-feira, 10, após o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçar elevar às tarifas contra a China. O Nasdaq e o S&P 500, em particular, registraram as maiores baixas diárias desde abril.
O índice Dow Jones teve queda de 1,90%, aos 45.479,60 pontos. Já o S&P 500 encerrou em baixa de 2,71%, aos 6.552,51 pontos, e a Nasdaq caiu 3,56%, aos 22.204,43 pontos. Os índices tiveram queda semanal de 2,73%, 2,43% e 2,53%, respectivamente.
Os negócios vinham em clima positivo mais cedo, quando Trump publicou na Truth Social as ameaças à China. O republicano reclamou dos controles de exportações de terras raras e disse não ver mais necessidade de se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping.
Nas bolsas, as perdas foram imediatas e generalizadas, mas o setor de tecnologia enfrentou particular pressão. Nvidia recuou 4,89%, Apple perdeu 3,45% e Meta cedeu 3,85%. Bancos também foram penalizadas, entre eles JPMorgan (-1,52%) e Citi (-2,07%).
Em exceção, as ações das mineradoras de terras raras MP Materials, USA Rare Earth e NioCorp Developments tiveram forte alta, de 8,37%, 4,96% e 5,59% respectivamente.
Mesmo com a queda após as tensões tarifárias entre os EUA e a China, a Capital Economics afirma que o S&P 500 continua em níveis altos, apesar da probabilidade de uma recessão nos EUA e de traders acreditarem em um risco inflacionário. “Se as expectativas se tornarem mais positivas do que antecipamos, isso pode ser um vento favorável às ações”, afirma a análise.
Papéis da Protagonist Therapeutics subiram 29,77% após o Wall Street Journal publicar que a Johnson & Johnson planeja comprar a empresa.
A Applied Digital subiu 16,05% após relatar aumento de mais de 80% nas receitas. A Advanced Micro Devices (AMD) caiu 7,72% depois de um acordo com o OpenAI impulsionar a ação durante a semana.
*Com informações de Dow Jones Newswires