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Bolsas de NY fecham em baixa, com balanços, negociações comerciais e à espera do Fed

As bolsas de Nova York operaram em baixa nesta terça, 29, após Nasdaq e S&P 500 renovarem máxima histórica intraday na abertura. Por sua vez, ao longo da sessão, o ímpeto foi contido, com atenção à temporada de balanços e as tratativas comerciais dos Estados Unidos, sobretudo com a China. Investidores estiveram ainda atentos a dados da economia americana, na véspera da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) e da divulgação do PIB do país.

O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,46%, aos 44.632,99 pontos. O S&P 500 fechou com queda de 0,30% aos 6.370,86 pontos e o Nasdaq terminou o dia com perda de 0,38%, aos 21.098,29 pontos.

Da temporada de balanços, que está em sua semana mais movimentada, a Boeing recuou 4,37%, mas agradou com prejuízo menor do que o esperado e receita acima do consenso. A P&G também superou as expectativas no último informe trimestral, mas a ação da multinacional americana de bens de consumo recuou 0,28%. Já a UnitedHealth não apenas lucrou menos que o esperado, como reduziu seu guidance para o ano, tombando 7,46%. No fim da tarde, após o fechamento das bolsas americanas, a operadora de cartões Visa revela seu balanço, tendo caído 1,18% na sessão.

Na visão da Capital Economics, o impulso para novas altas nos índices deve ser retomado, ainda que haja a possibilidade de que os ganhos “mais fáceis” já tenham ocorrido, e qualquer nova alta provavelmente ocorrerá muito mais lentamente. Enquanto isso, a estreiteza do rali significa que ele pode depender especialmente dos resultados de lucro das “big techs” continuarem a pintar um quadro positivo, especialmente em relação à inteligência artificial (IA), avalia.

Por sua vez, com o pior dos riscos em torno do comércio aparentemente desaparecendo, “suspeitamos que existam menos obstáculos restantes para o entusiasmo dos investidores pela IA e suas implicações para as empresas americanas”, afirma. “Portanto, suspeitamos que as expectativas de lucros e valuations possam aumentar ainda mais, talvez bastante para os setores de tecnologia, mesmo que isso signifique uma redução ainda maior do rali”, pontua.

“Dessa forma, nossa previsão de 6.250 pontos para o S&P 500 no final de 2025, agora superada, pode ser um pouco pessimista demais. E nosso número de 7.000 para o final de 2026 parece plausível que possa vir um pouco mais cedo do que havíamos previsto”, projta. “É claro que ainda há uma boa dose de incerteza, principalmente em relação às negociações entre EUA e China e como tudo isso repercutirá nas economias americana e global. Mesmo assim, revisaremos nossas projeções oportunamente”, conclui a consultoria.

Estadão Conteudo

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