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Bolsas da Europa fecham sem sinal único com questões geopolíticas, França e tarifas no radar

As bolsas da Europa fecharam sem direção única nesta quarta-feira, 10, em meio ao noticiário político e geopolítico. Investidores seguem atentos à França, onde o novo premiê Sébastien Lecornu enfrenta dúvidas sobre sua capacidade de aprovar o Orçamento em um Parlamento fragmentado. Já no front externo, a derrubada de drones russos que cruzaram o espaço aéreo da Polônia, membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), sustentou ganhos das ações de defesa.

Em Londres, o FTSE 100 caiu 0,19%, a 9.225,39 pontos. Em Frankfurt, o DAX perdeu 0,39%, a 23.626,87 pontos. Em Paris, o CAC 40 registrou ganho de 0,15%, a 7.761,32 pontos. Em Milão, o FTSE MIB subiu 0,12%, aos 42.059,74 pontos. O IBEX35, em Madrid, apontou alta de 1,22%, aos 15.206,60 pontos, enquanto em Lisboa, o PSI20 avançou 0,54%, aos 7.729,37 pontos. As cotações são preliminares.

Na avaliação do Deutsche Bank, não há sinais de que aprovar o orçamento francês “vá se tornar mais fácil, com a extrema-direita e a extrema-esquerda mantendo os apelos por eleições antecipadas”. A questão comercial também voltou ao radar, após relatos de que o presidente dos EUA, Donald Trump, pediu à UE que imponha tarifas de até 100% à China e a Índia por suas compras de petróleo russo.

A invasão, e posterior derrubada, de drones russos no espaço aéreo da Polônia provocou reações da Otan e ajudou a sustentar ganhos do setor de defesa europeu. Thales (+3,51%), Dassault Aviation (+2,35%), Leonardo (+2,22%) e BAE Systems (2,15%) subiram.

A Novo Nordisk subiu 3,68% em Copenhague, após anunciar que cortará cerca de 11%, ou aproximadamente 9 mil funcionários, globalmente para economizar 8 bilhões de coroas dinamarquesas (US$ 1,3 bilhão) até o final do ano que vem.

O Banco Central Europeu (BCE) divulga na quinta-feira, 11, sua decisão de política monetária para a zona do euro.

Para o Berenberg, a autoridade monetária está em posição confortável e não há necessidade de mudar a postura de política.

Investidores também seguirão atentos, na quinta, ao dado de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA, após a inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) divulgada nesta quarta não ter impactado as ações de maneira sólida.

*Com informações da Dow Jones Newswires

Estadão Conteudo

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