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Bolsas da Europa fecham mistas, com negociações de EUA e China e impulso de petroleiras

As bolsas da Europa fecharam sem direção única nesta terça-feira, 10, em mais uma sessão atenta aos desdobramentos das tratativas entre Estados Unidos e China para questões comerciais, que estão ocorrendo esta semana em Londres. Aguardando maiores informações, as perspectivas para a postura do Banco Central Europeu (BCE) ficaram em segundo plano, apesar de uma série de declarações de dirigentes da região. Em destaque estiveram petroleiras, que ganharam impulso ao longo do dia acompanhando a alta nos preços internacionais do petróleo.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,08%, a 553,71 pontos.

O Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que as negociações comerciais com a China estão “indo bem”. Ele disse que ambos os lados “conversaram o dia todo ontem e conversarão o dia todo hoje”.

Na Alemanha, as ações das empresas de defesa Renk e Rheinmetall amargaram perdas de 11,91% e 5,86%, respectivamente, à espera de detalhes das conversas sino-americanas, que devem em boa parte focar o comércio de terras raras, minerais que são cruciais para a manufatura de armas e outras tecnologias de defesa.

Em Frankfurt, o DAX fechou em baixa de 0,58%, a 24.034,09 pontos. Por outro lado, com alta de 3,11% da petroleira Shell, o FTSE 100 subiu 0,24%, a 8.853,08 pontos, em Londres. Em Lisboa, o PSI 20 avançou 0,94%, a 7.495,22 pontos, com ganhos de 2,32% da Galp.

Segundo a Bloomberg, o dirigente do BCE François Villeroy de Galhau disse que, em meio a um ambiente de incertezas, o BCE continuará sendo pragmático, agirá com base nos dados econômicos e será tão ágil quanto for necessário em relação aos juros. O também dirigente do BCE Olli Rehn destacou que as incertezas atuais reforçam a importância de se tomar decisões a cada reunião, sem se comprometer com uma trajetória específica para os juros. O BCE deve esperar até setembro para discutir novos cortes nas taxas de juros, conforme declarou Boris Vujcic, outro dirigente.

A zona do euro deve crescer 0,7% neste ano e 0,8% no próximo, abaixo dos 1% e 1,2% estimados anteriormente, mas deverá acelerar para alta de 1% em 2027, conforme o relatório divulgado nesta terça-feira pelo Banco Mundial. O cenário de forte desaceleração econômica também inclui cortes de juros adicionais pelo BCE, tendo em vista que a inflação deve seguir oscilando perto da meta de 2%.

Em Paris, o CAC 40 subiu 0,17%, a 7.804,33 pontos. Em Madri, o Ibex35 avançou 0,06%, a 14.259,40 pontos. Já o FTSE MIB recuou 0,63%, a 40.207,57 pontos, em Milão. Em Zurique, o UBS tombou 4,84%, dias após o governo da Suíça propor regras mais severas que poderá forçar o banco suíço a reservar mais US$ 26 bilhões em capital.

A Novo Nordisk, por outro lado, subiu 6,01% em Copenhague, após relatos de que o fundo de hedge ativista Parvus Asset Management está buscando conquistar uma participação relevante na farmacêutica dinamarquesa para influenciar a escolha de seu novo CEO.

Estadão Conteudo

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