Política

Boca de urna e compra de votos são os crimes mais comuns em Mato Grosso

A propaganda de boca de urna e compra de voto foram os crimes mais cometidos no dia da votação nas eleições desde 2014. Os casos somam 684 ocorrências registradas pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), com flagrantes de cabos eleitorais de 14 partidos – PC do B, PDT, PEN, PP, PR, PROS, PRTB, PSC, PSD, PSDB, PDSC, PT, PTC, PV.

Os números são do Siropi (Sistema de Registro de Ocorrências Penais e Inelegibilidade) lançado nesta terça-feira (2) pelo TRE-MT. O programa permite fazer compilação e cruzamento de dados de ocorrências registradas no período eleitoral. Inicialmente, números das eleições municipais de 2016 e das gerais de 2014 estarão disponíveis para acesso do cidadão.

A promoção e o pedido de voto a candidatos em locais de votação em 2014, por exemplo, tiveram 352 ocorrências. O crime está previsto no artigo 39 da Lei Geral das Eleições. O pagamento e recebimento de dinheiro outro tipo de troca que caracterize compra de voto foi o segundo tipo de crime mais registrado, com 332 casos.

O PSD foi o partido mais implicado nos crimes com 14 ocorrências. PPS e PROS estão logo abaixo com nove ocorrências cada um.  O PDT teve seis registros; o PSDB, cinco; e o PT, 3.

O TRE-MT compilou dados de 26 crimes, que somam 1.508 ocorrências. Elas estão distribuídas por 65 zonas de votação no Estado, com mais registros nas zonas 27 (194 ocorrências), 17 (189) e 43 (172).

Os dados vão disponíveis para acesso do público a partir de domingo (7), dia da votação. O chefe da coordenação de orientação da Corregedoria Eleitoral, Kelsen Magalhães, afirma que a página não ficará liberada imediatamente, antes da votação, para evitar ataques de hackers.

“Esta semana já tivemos um caso de fake News envolvendo o TRE, então para evitar que a página seja atacada neste período de véspera de campanha vamos liberar acesso do público a partir de domingo, dia 7”.

Segundo ele, os dados vão permitir que os casos tramitem mais velocidade na Justiça Eleitoral, pois dará mais informações cruzadas sobre as eleições em questão de minutos,  aquelas que, antes de 2016, levariam até meses para ser juntadas. Para se ter ideia, mais de três mil processos foram arquivados pela Justiça Eleitoral.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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